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A perturbadora falta de autocrítica de Lula ao receber Nicolas Maduro

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A visita de Nicolas Maduro, Presidente da Venezuela, ao Brasil e o discurso do Presidente Luiz Inácio Lula ao recebê-lo no Planalto expõe a falta de autocrítica de um líder com a envergadura do atual Presidente.

Ao longo da história, o mundo testemunhou o surgimento de ditaduras tanto de direita quanto de esquerda, que trouxeram períodos sombrios de repressão, violações dos direitos humanos e restrições às liberdades individuais. Desvirtuar uma orientação política é um desserviço de líderes autoritários as suas próprias bases ideológicas. Sim! Maduro não deve ser um exemplo para a esquerda, nem tão pouco os líderes exaltados ditadores de direita exaltados pelo ex-Presidente Jair Bolsonaro devem ser referência para a direta. Dentre os citados pelo ex-Presidente estão Augusto Pinochet (ex-presidente do Chile) e Frederico Stroessner (ex-Presidente do Paraguai). Os telhados são de vidro de ambos os lados.

Desde os períodos mais sombrios da história, ditaduras surgem sob diferentes roupagens, independentemente de suas inclinações políticas. Líderes políticos apontam o dedo para regimes autoritários alheios, mas fecham os olhos para os ditadores que supostamente “compartilham” de suas ideologias. A ditadura é uma oposição incontestável à democracia, e não deve ser tolerada, independentemente de seu suposto “lado”. Enquanto apontam com veemência as violações cometidas por regimes autoritários opostos, eles parecem ignorar ou minimizar as atrocidades perpetradas por ditadores que compartilham de suas crenças políticas. Essa seletividade compromete a credibilidade de suas críticas e expõe uma falta de compromisso com os valores democráticos.

Ditaduras de direita, como o regime de Francisco Franco na Espanha (1939-1975), a ditadura militar no Brasil (1964-1985) e o regime de Augusto Pinochet no Chile (1973-1990), foram caracterizadas por governos autoritários apoiados por setores conservadores e militares. Essas ditaduras frequentemente se baseavam em ideologias nacionalistas, anticomunistas e anticomunistas, promovendo uma economia de livre mercado, mas suprimindo a dissidência política e limitando os direitos civis.

Por outro lado, ditaduras de esquerda, como o regime de Joseph Stalin na União Soviética (1924-1953), a ditadura de Fidel Castro em Cuba (1959-2008) e o governo de Nicolás Maduro na Venezuela (desde 2013), surgiram sob a bandeira do socialismo ou do comunismo. Embora essas ditaduras tenham buscado implementar programas de justiça social e igualdade, muitas vezes resultaram em violações dos direitos humanos, censura e ausência de liberdades políticas.

A seguir uma lista de alguns ditadores da atualidade. É importante ressaltar que a classificação política nem sempre é universalmente aceita, pois, alguns líderes podem apresentar características de diferentes ideologias. Além disso, a lista é apenas uma amostra e não inclui todos os ditadores do mundo, mas todos eles têm algo em comum: são governantes que se opõem à democracia, tem histórico de violação aos direitos humanos e as liberdades individuais.

Nome

País

Orientação Política

Alexander Lukashenko Bielorrússia Direita
Bashar al-Assad Síria Esquerda
Daniel Ortega Nicarágua Esquerda
Isaias Afwerki Eritreia Direita
Kim Jong-un Coreia do Norte Esquerda
Nicolás Maduro Venezuela Esquerda
Recep Tayyip Erdoğan Turquia Direita
Rodrigo Duterte Filipinas Direita
Viktor Orbán Hungria Direita
Xi Jinping China Esquerda

 

A defesa da democracia e dos direitos humanos deve ser uma prioridade, independentemente de qualquer alinhamento ideológico. A luta contra a ditadura e a promoção da liberdade são responsabilidades que devem ser compartilhadas por todos os defensores da democracia. Neste caso, há apenas o lado daqueles que defendem a democracia. A ditadura é uma afronta direta à democracia, independentemente de sua origem política. A defesa da democracia deve transcender as fronteiras ideológicas.

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