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A volta de ‘A Casa do Dragão’, os 40 anos de um filmaço e as estreias da semana

Desde a aclamadíssima “Game of Thrones”, os dragões – esses seres mitológicos que a gente teima em acreditar que existiram –  viraram uma febre junto  ao público de todas as idades. Foi no rastro do sucesso de GOT que os produtores lançaram o spin-off [ história derivada de outra] ‘A Casa do Dragão’ que narra a história ambientada mais de 200 anos antes dos eventos da série original.

A 1ª temporada foi bem recebida, embora sem a euforia da série-mãe, merecendo uma continuação. Então, para a alegria dos dragon lovers, chega no próximo domingo, 16, no HBO/Max, a 2ª temporada de “ A Casa do Dragão”. E chega trazendo todos os elementos que garantem o interesse dos amantes das histórias baseadas nos livros de George R.R. Martin: guerra pelo poder, intriga, vingança, paixões e, claro, nossos animaizinhos alados favoritos.

O primeiro episódio retoma a trama com aquilo que os protagonistas deixaram em suspense ao final da última temporada: a filha do recém-falecido rei Viserys, Rhaenyra disputa o trono com seu meio-irmão Aegon, que acaba de assumir o poder. Sabe-se alguma coisa apenas sobre o primeiro episódio, mas o desenrolar dos próximos é mantido em segredo pelos produtores. A ideia é manter a curiosidade sobre os capítulos que entrarão a cada domingo, garantindo a audiência.

O elenco mantém vários atores/personagens originais, admirados pelos fãs da série: Emma D’Arcy como Rhaenyra Targaryen; Olivia Cooke como Alicent Hightower; Matt Smith como Daemon Targaryen.  (Veja o trailer)

Para quem quiser ver ou rever – afinal dois anos entre uma parte e outra é tempo suficiente pra gente esquecer muita coisa da trama – ela está disponível no HBO/MAX. Ah, e a terceira temporada já está sendo escrita. E viva os dragões!

 

Bridgerton: Temporada 3 – Parte 2 – Netflix

Os fãs da série tiveram que aguardar quase um mês após a estreia da primeira parte da terceira temporada de Bridgerton.  Mas, os episódios finais da história de Penelope Featherington (Nicola Coughlan) e Colin Bridgerton (Luke Newton) chegaram esta semana à Netflix. Após alguns encontros e desencontros em temporadas anteriores, o casalzinho parece disposto a concluir sua história de amor.

Quer saber o que vai acontecer do 5º ao 8º episódios ? Os títulos dão um spoilerzinho…

05: “Corrida contra o Tempo”

06: “Os segredos de Colin Bridgerton”

07: “De Mãos Dadas”

08: “Revelações”

 

Matéria Escura – 8 episódios – Apple TV

Falo pouco para vocês sobre a programação da Apple TV porque não tenho acesso ao canal por questões técnicas. Mas, ele oferece ótimas séries . Uma delas é um prato cheio para amantes de ficção científica. Leia o que diz a produtora.

“Matéria Escura” é um dos romances de ficção científica mais aclamados da década sobre os caminhos que nunca percorremos. A série segue Jason Dessen (Joel Edgerton), físico, professor e pai de família. Uma noite, voltando para casa pelas ruas de Chicago, Jason é sequestrado e transportado para uma versão alternativa da sua própria vida. O espanto rapidamente se transforma em pesadelo enquanto ele tenta retornar à sua realidade através da impressionante gama de histórias que poderia ter vivido. Neste labirinto de universos, Jason embarca em uma jornada angustiante para recuperar sua verdadeira família e salvá-la do inimigo mais terrível e poderoso que se possa imaginar: ele mesmo.

Parece muito interessante, não é mesmo ?

 

FILMES

Blackbird blackbird blackberry – direção: Elene Naveriani – 2024 – MUBI

O canal MUBI é quem oferece os filmes mais fora dos chamados comerciais ou blockbusters. Para muito além dos norte-americanos, é possível encontrar produções de outros cinemas pouco conhecidos, como este, vindo da República da Geórgia.

Ele poderia estar na lista de filmes sobre o amor na maturidade da edição passada. A trama: Etero, uma mulher de 48 anos que vive em uma pequena aldeia na Geórgia, nunca quis um marido.Ela já havia sofrido bastante sob o jugo do pai e do irmão, então valoriza sua liberdade tanto quanto seus bolos. Sua decisão de viver sozinha gera fofoca entre os vizinhos e, sua incapacidade de falar sobre a própria vida, irrita as amigas. Inesperadamente, Etero resolve ter um primeiro relacionamento na vida com o entregador de mercadorias que sempre demonstrou interesse por ela. Aos poucos, ela começa a gostar dele e se depara com a dúvida sobre permanecer sozinha e independente ou mudar de vida. Esse filme georgiano foi exibido na Quinzena dos Realizadores no Festival de Cannes 2023 e é para quem aprecia histórias delicadas, contadas num ritmo mais lento e com o silêncio em várias cenas. Eu adorei, mas nem todo mundo curte esse andamento sem grandes ações.

Obs.: O Mubi (via Prime Vídeo) aceita assinatura mensal, então é possível ver filmes durante 30 dias e cancelar depois sem problema.

 

Na terra de santos e pecadores – direção: Robert Lorenz – 2023 – Prime Vídeo

Nos últimos anos, o ator irlandês Liam Neeson tem focado sua carreira em filmes de ação muito parecidos entre si. Esse longa também traz ação, vingança e suspense, mas a embalagem é mais sofisticada e ressalta o drama.

A história se desenrola em uma pequena cidade costeira irlandesa durante os anos 1970, no auge dos conflitos do IRA. Liam Neeson interpreta Finbar Murphy, um ex-herói de guerra que se tornou assassino de aluguel. Tentando abandonar sua vida de pecados, ele se encrenca ao tentar ajudar um morador local e acaba perseguido por  terroristas do IRA em fuga após um atentado à bomba em Dublin. Como não poderia deixar de ser, Neeson está ótimo no papel, ao lado de Jack Gleeson, conhecido por seu trabalho em “Game of Thrones” e Ciarán  Heends, idem, fechando um trio que já foi candidato ao Oscar. A fotografia é exuberante, dá muita vontade de conhecer a Irlanda rural.

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Extra

Os 40 anos de uma obra-prima do Cinema

Nem toda grande obra cinematográfica recebe o reconhecimento merecido na época  do lançamento. Como vingança, alguns filmes vão ficando melhores com o tempo e ganhando admiradores. É o caso de ‘ Era uma vez na América’, do italiano Sérgio Leone. Apesar da nacionalidade, o diretor e roteirista ficou conhecido como aquele que renovou o gênero western com  “Homens em conflito” (1966) e “ Era uma vez no Oeste” (1968).

Em 1984, Leone resolveu ‘ invadir’ outro gênero mítico dos americanos, ao filmar “ Era uma vez na América”, mostrando a infância de quatro amigos num bairro pobre de imigrantes que, depois de adultos, integram uma quadrilha de gângsteres. Dois deles se tornam os cabeças do grupo, enriquecem durante a lei seca e mais tarde disputam o poder e a mesma mulher. O diretor tinha planejado fazer essa saga em dois filmes de três horas cada, mas depois – por pressão dos produtores – optou por uma versão única de quatro horas e meia. Piorou quando os distribuidores o levaram a diminuir o filme em uma hora. Isso prejudicou o andamento da história.

“Era uma vez na América” estreou em maio de 1984, no Festival de Cannes, na França, e foi lançado nos Estados Unidos no mês seguinte  com uma versão de apenas duas horas e vinte de duração. Embora o lançamento europeu, com a versão original, tenha recebido críticas positivas, a versão americana encurtada foi fracasso de crítica e bilheteria nos Estados Unidos.

Raras vezes um filme conseguiu misturar cenas tão brutais com outras das mais delicadas que já vi nas telas. O elenco tem Robert De Niro e Joe Pesci no elenco e também James Woods,  perfeito como o melhor amigo que se torna o antagonista do personagem de De Niro, na guerra pela liderança da máfia.

Outro trunfo desse épico é a trilha sonora de Ennio Morricone. Há cenas antológicas, embaladas pela música desse genial compositor. Com o tempo, “Era uma vez na América” foi se tornando um cult entre os amantes do bom cinema. ( Ouça abaixo o Tema de Deborah).

Sérgio Leone morreu cinco depois do lançamento de sua obra derradeira, sem ver que ela entraria para a lista dos 100 melhores filmes já feitos.

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THE END

 

*Fotos: Divulgação/Reprodução

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