Ética é arte da filosofia responsável pela investigação dos princípios que motivam, distorcem, disciplinam ou orientam o comportamento humano, por extensão conjunto de regras e preceitos de ordem valorativa e moral de um indivíduo, de um grupo social ou de uma sociedade.
Depois que o Bolsonarismo tomou conta da pauta de alguns jornalistas e entrou no consultório de médicos, sumiu a ética de muitos destes profissionais. A base da informação ou da receita passou a ser a convicção pessoal ou as informações recebidas nos grupos nas redes sociais e não mais o levantamento de informações em base confiáveis ou as pesquisas científicas de rigoroso processo metodológico.
A desinformação foi alimentada pelo chefe do Estado nas redes sociais e pelo WhatsApp. Ao invés de se empoderar da crise sanitária para salvar vidas e a economia, ele se lançou numa batalha árdua e diária para contestar a ciência e tudo o que se fazia necessário. Assim desacreditou a gravidade da Covid-19, transformando um vírus mortal numa simples gripezinha, divulgou medicamentos sem eficácia contra a Covid-19, ato “imortalizado” na cena com a ema no gramado de Brasília. Foi contra (e ainda é contra) o uso de máscara, incentivou aglomerações, faz campanha contra o uso de vacinas, mesmo sabendo que a vacina é a única maneira de controlar a pandemia e o número de mortes por Covid-19.
Fez isso porque tem olhar míope nas eleições de 2022 e, para desespero dos seus fanáticos seguidores, caso tivesse se empoderado da crise sanitária e seguido as regras recomendadas pela Organização Mundial da Saúde – Oms e dos dois primeiros Ministros da Saúde, Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich, certamente estaria com o pé no Palácio do Planalto novamente em 1º de janeiro de 2023, mas por tudo o que fez até aqui, está mais perto de sair pelas portas dos fundos do Palácio e da história. Não se trata de convicção pessoal, mas da falta de preparação e competência para Governar o Brasil e isso é tão prejudicial quanto a corrupção que ainda corrói os cofres públicos. Quem planta noticias falsas, colhe os resultados e 592 mil mortes é só a ponta do iceberg e quem alimenta esse ciclo um dia vai ter que parar para prestar contas.
