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Do cheiro do teatro ao mundo das artes, com Gaby Haviaras

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Do cheiro do teatro ao mundo das artes, com Gaby Haviaras

Fotos/DIVULGAÇÃO

No sangue as etnias se misturam, num fluxo alimentador do seu corpo e as origens alemã, grega, francesa, síria e dos povos originários do Brasil. Foram dessas etnias que vieram os descendentes daqueles que escaparam da guerra, imigrantes buscando a reconstrução de suas vidas, marcadas pelas incertezas, mas com a força do trabalho das próprias mãos. A convidada da coluna de hoje é uma mistura dessas correntes sanguíneas que venceram os movimentos dos mares. Dessa construção, veio Gaby Haviaras, nascida em Florianópolis e que desde cedo também se jogou no trabalho como uma migrante em seu próprio país. Ela é atriz e comunicadora, com forte carisma e muitos trabalhos de expressão na dança, teatro, televisão e cinema do Brasil. Tem participação em mais de 15 espetáculos no teatro, 25 anos de experiência na dança, importantes trabalhos no cinema e na televisão e muitos prêmios acumulados em sua trajetória artística.


FAZER ACONTECER/foto DIVULGAÇÃO

Quando nasceu, Gaby Haviaras foi diagnosticada com uma doença imunológica, o que fez com que sua mãe a colocasse em contato com várias atividades físicas, como nadar, pedalar e dançar. Aos cinco anos mergulhou com paixão na dança e aos 13 passou a integrar uma companhia profissional de Florianópolis, a MAHABHUTAS. Começava ali a se profissionalizar e dançando entrou no mundo das artes, descobrindo o lugar para o seu talento. Foi a dança que a levou para viajar pelo Brasil, a partir da década de noventa, algo que permanece em sua vida e agrega aos seus outros talentos na arte.


DANÇA, DESCOBERTA DO SEU LUGAR!/ foto: DIVULGAÇÃO  

Quando chegou a época do vestibular, a bailarina já experiente não conseguia pensar em estudar outra coisa que não tivesse relação com as artes.

Foi então cursar Artes Cênicas na UDESC, em Florianópolis. “Fui para o mundo que era meu, onde já estava acostumada com o cheiro do teatro, com os sentimentos da cultura e das artes”, diz Gaby Haviaras”. E foi na faculdade que o mundo dos palcos se abriu completamente para ela e depois de quatro anos estava traçada a trajetória da atriz. Foi quando começou a se entender como artista e cidadã. O mercado de trabalho em Florianópolis era muito restrito e Gaby decidiu focar na carreira de atriz. A primeira experiência foi acompanhar o Festival de Teatro de Curitiba, onde acabou se integrando ao Núcleo de Pesquisa do Ateliê de Criação Teatral (ACT) e no Teatro de Comédia do Paraná (TCP), realizando trabalhos de pesquisa, performances, leituras dramáticas e espetáculos teatrais.

Depois de dois anos vivendo a forte cena teatral de Curitiba, recebeu convite do diretor Renato Farias para acompanhar aulas e oficinas na Companhia de Teatro Íntimo do Rio de Janeiro. Acabou ficando, e segundo ela, começava então a construção do seu grande processo no universo das artes, permanecendo na companhia até hoje e atuando em várias frentes da criação, produção e atuação nos espetáculos. Isso já há 17 anos e resistindo na cena teatral carioca, sempre cheia de oportunidades e riscos na mesma proporção. Ela conta que tem mais chance os artistas famosos na mídia, que ela chama de “celebritismo”, diferente de São Paulo, onde está a vida do teatro brasileiro na sua essência, oferecendo mais oportunidades a todos, independente do artista ser famoso ou não. Ela lembra também que é em São Paulo que os grandes musicais são montados, porque os espaços possuem dimensões e estrutura técnica para a montagem dos espetáculos.

Mas foi no Rio de Janeiro que a atriz catarinense ganhou importantes papéis em novelas e no cinema, áreas que ela considera muito relevantes para a construção, formação de atores e abertura do mercado de trabalho. Na TV, foi protagonista da Série “CONSELHO TUTELAR”, exibida na Record e na Universal Channel. Também participou de “SANTO FORTE” (AXN) e “INSENSATO CORAÇÃO” (Globo). Gaby Haviaras faz parte também do elenco de RED, a primeira série LGBTQIAP+, com mais de 5 milhões de visualizações.

No lado da cultura focada mais no social, ela foi uma das fundadoras do Hotel da Loucura, no Hospital Psiquiátrico Nise da Silveira, no Rio de Janeiro, e como voluntária realizou oficinas e apresentações de rua. Outro projeto que Gaby se engajou foi promovido pela prefeitura do Rio, Celebração, Ação e Cidadania, que   levou teatro para todas as comunidades da periferia carioca. “Conheci uma realidade que eu jamais imaginava que existia no Brasil”, conta Gaby, ainda perplexa com o que viu e a situação que nunca muda. 


NOS DIFERENTES PAPÉIS DA ARTE/Fotos: DIVULGAÇÃO

Quando começou o boom dos vídeos pela internet, ela fez um curso de apresentação, produção e conteúdos voltados para as redes sociais e procurou um novo caminho para sobreviver da arte. Em 2014 começou uma crise no setor cultural do Rio de Janeiro, causada pelo abandono do governo estadual ao setor cultural. Gaby Haviaras decide então se mudar para São Paulo, onde desenvolveu um projeto junto ao SESC, nas áreas de arte e educação para crianças.

Mas logo veio a pandemia, e assim como a vida de quase todo mundo parou, a vida de Gaby também foi afetada e a decisão em família foi se mudar para Florianópolis. Ela veio com o marido, Everson Asao, e a boa surpresa do isolamento foi a chegada do Jorge, hoje com nove meses, que está trazendo novas transformações na vida da catarinense, que continua com seus projetos profissionais e está empenhada em fazer trabalhos também em Florianópolis e viver o novo momento em família.


FLORIPA E A VIDA EM FAMÍLIA/ Foto: DIVULGAÇÃO

Do seu lado poeta, deixo o registro dos livros lançados recentemente, “Versos para me Ler” e “Versos para se Ter”.

Aqui foi um pouco da longa jornada de Gaby Haviaras pelas artes e a comunicação, uma mulher de sangue pulsante e que faz sua vida vibrar, afinal ela é a força dos seus antepassados. Essa foi mais uma história de um manezinho(a) que  está construindo legados, a trajetória de uma mulher multimídia, versátil e plural.

@gabyhaviaras

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EM AÇÃO

+ Estão sendo retomados (quarta -16/02) os eventos na Autoria Design, em Itajaí. E começa com um Talk e o tema “Seu escritório é uma empresa”, promovido pelo Archclub, a partir das 19 horas. Os arquitetos convidados para este bate papo são Vanessa Schmidt, Osvaldo Segundo e Athos Peruzzolo.

+ Já está nas mãos do Governador Carlos Moisés e do Presidente da Assembleia Legislativa, Moacir Sopelsa, a 11a edição da Revista da PGE – Procuradoria Geral do Estado (SC), com 27 artigos divididos em capítulos e temas dedicados à Advocacia Pública. A revista é uma contribuição para o entendimento da justiça sobre questões atuais do direito público. Um dos colaboradores é o jornalista e Pós-graduado em Inteligência Criminal, Thiago de Miranda Coutinho, também Agente da Polícia Civil de Santa Catarina, que assina um dos capítulos.

+ A Fundação Catarinense de Cultura (FCC) abriu inscrições para três oficinas de arte. As vagas são para os cursos de Gravura, Processo Criativo e Design de Superfície. As inscrições são online e mais informações no site da fundação.

+ Na comemoração do centenário da Semana de Arte Moderna de 1922, o projeto Diversos 22 encabeçado pelo SESC São Paulo amplia as vozes modernistas na arte. O catarinense Meyer Filho, natural de Itajaí e radicado em Floripa desde os 3 anos, está entre as vozes, traços, pinturas que formam a exposição “Raio-que-o-parta: ficções do moderno no Brasil”, uma revisão da história da Arte Moderna e suas diversas mãos, narrativas e localidades. A exposição abre hoje (16/02) no Sesc da Rua 24 de Maio, em SP, e prossegue até agosto deste ano.

+ Na Fundação Cultural BADESC a atração é a exposição Topologias da Imaginação. Pinturas, desenhos, fotografias, instalações, vídeos e performances, entre outras linguagens, integram a exposição que faz parte da Residência Artística Fundação Cultural BADESC. A mostra gratuita reúne dez artistas residentes em Santa Catarina. A visitação pode ser feita de segunda a sexta-feira, das 13h às 19h e A Fundação Cultural BADESC fica na Rua Visconde de Ouro Preto, 216, no Centro de Florianópolis.

 

Fico por aqui, homenageando Arnaldo Jabor, o cineasta, jornalista e escritor que não poupava críticas, sejam quais fossem as ideologias, os políticos e governos.

Até semana que vem!
@anselmoprada



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