Levar diversão e cultura aos estudantes e dar a eles a oportunidade de evolução humana e intelectual através da cultura é sempre algo que precisa ser incentivado, porque de fato auxilia no desenvolvimento do futuro cidadão e abre espaço para os artistas que depositam na arte sua existência, disponibilidade para os outros e a própria sobrevivência.
O projeto de contação de história “Sussurros”, conduzido pela atriz Débora de Matos (palhaça Esmeralda), realizará dez apresentações em Centros de Educação de Jovens e Adultos (CEJAs) de seis cidades catarinenses. A estreia será agora dia 02 de setembro em Florianópolis e passará por cinco regiões da Ilha até o dia 09: Norte, Sul, Leste, Centro e Continente.
As apresentações serão todas gratuitas e visam preservar a oralidade e os saberes tradicionais a partir da coleta de memórias, contribuindo para o desenvolvimento cognitivo e socioemocional do público. Dando continuidade à pesquisa “Contos e Encantos de uma Ilha de Magia” que a artista desenvolve desde 2020 junto às comunidades da Grande Florianópolis, “Sussurros” resgata narrativas e memórias da Ilha e seus arredores.
“Nasci na Ilha de Santa Catarina em 1980 e, por isso, vivi de modo intenso a presença de lendas e personagens que me permitiram uma infância regada pela magia e pelo fantástico de nossas culturas e tradições. Cada conto era enriquecido por detalhes de uma narrativa viva, que mais se parecia com confissões e memórias do que com histórias institucionalizadas. Essas experiências me levaram a navegar pelos modos de vida de nossos antepassados”, diz Débora de Matos.
É com esse imaginário de encantamento que, na peça, Débora vive a palhaça Esmeralda, uma guardiã de sussurros. Ela percorre caminhos coletando histórias da mata, do povo de areia e de seus seres de proteção. “São sussurros que se iluminam pelos mistérios da vida e que mantém acesa as histórias, memórias e invenções”, explica.
“Trata-se de uma contação de história com narrativas peculiares que valorizam o respeito às pessoas mais antigas, o cuidado com a natureza, o olhar afetuoso com o outro e a importância de manter acesas as memórias da Ilha”, conta Débora. Para acompanhar o projeto, basta se inscrever no canal do YouTube Encantaria.
O riso em diversos territórios – A atriz começou a investigar a palhaçaria em 2001, em diferentes espaços, como praças, teatros, aldeias indígenas, áreas de retomada de terra, campos de refugiados, hospitais, entre outros. “Uma das principais técnicas que utilizo como suporte para a elaboração da contação de história é a palhaçaria e, com isso, eu me debruço no conceito do riso a serviço de uma necessidade social, política ou cultural”.
Segundo ela, tanto a alegria quanto as histórias contadas têm capacidade para renovar dinâmicas do dia a dia, ressignificando espaços de afeto e relações, além de promoverem a valorização de sonhos, a expansão de si e a ampliação da potência de ação no mundo. “Por compreender isso, profissionais da educação chamam artistas para ações em escolas, a fim de oportunizar aos estudantes uma experiência transformadora no ambiente de ensino”.
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“VERDEJANTE” MARCA O LANÇAMENTO DO FAM
O Museu da Imagem e do Som, no Centro Integrado de Cultura (CIC), sediará a exposição “Verdejante”, a partir desta quinta-feira (29). “Verdejante” faz uma homenagem ao idealizador do FAM, Antonio Celso dos Santos, falecido em 2023. Além de cineasta, foi filósofo e diretor-geral do FAM (Festival Internacional de Cinema Florianópolis Audiovisual Mercosul), evento que se tornou uma importante janela para o cinema latino-americano e projetou a cidade de Florianópolis para o cinema internacional.
Verdejante é um verbo que Celso dizia muito durante minha infância. Quem verdeja, também pulsa pela vida que está em ciclo e manifesta sua qualidade e sua essência ao ser ação. E assim celebramos a vida de Celso, diz Marilha Naccari, filha de Celso e diretora de programação do FAM, sobre o título e a celebração de sua memória. A exposição não é a única homenagem. O filme de Celso, “Ritinha”, estará na abertura do festival. “É um compartilhar de que aqui permanecemos, conectados, em rede, em afeto. Assim seguimos fortalecendo a casa, nosso continente, o audiovisual e cada um de nós”, completa Marilha.
Utilizando recursos multimídia, a exposição remonta alguns anos de sua produção multifacetada e seus sonhos, por meio de fotografias, áudios, objetos, roteiros, entrevistas e homenagens que Celso recebeu. Também serão exibidos trechos de filmes realizados por ele em mais de 30 anos dedicados à produção, difusão, formação de público e fomento aos debates sobre políticas públicas do audiovisual da América Latina.
A abertura da exposição será às 19h, com o lançamento da programação do FAM 2024. A exposição permanecerá aberta ao público até 26 de setembro, das 9h às 21h, com entrada livre e gratuita.
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UM NOVO CRUZ E SOUZA
Causou surpresa, repercussão e certa polêmica nas redes sociais o apagamento da imagem de Cruz e Souza no edifício ao lado do museu que leva o nome do poeta, uma das pinturas mais celebradas entre tantas que fazem parte da paisagem do centro da Capital e que homenageia grandes nomes da história. Na verdade a pintura passava por desgaste, tinha que ser refeita, assim como melhorar as condições estruturais do prédio. A decisão dos artistas responsáveis, que vinham acompanhando a situação da pintura, foi apagá-la e depois refazer a homenagem a Cruz e Souza. Mas a nova pintura será diferente, com a um outra imagem do poeta simbolista nascido em Florianópolis em 1861 e que tem obras como “Missal’ e “Broquéis” entre as mais importantes da literatura simbolista brasileira. Filho de escravos alforriados, Cruz e Souza foi pioneiro entre os poetas negros e suas obras traduzidas para vários idiomas. A nova pintura com a imagem de Cruz e Souza não tem prazo para ser entregue. Mas algo é certo, a imagem do poeta já faz parte da vida urbana de Florianópolis.
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FESTIVAL DEL VINO 2024, GASTRONOMIA E BALEIAS
A praia do Rosa, em Imbituba, no litoral sul de Santa Catarina, recebe o festival Del Vino. Junto à praia, consagrada com uma das mais bonitas do mundo, está vivendo neste inverno a 10ª edição do Del Vino 2024, que começou na última sexta-feira e prossegue ser até o dia 07 de setembro, reunindo 30 estabelecimentos entre pousadas, restaurantes e bares da praia do Rosa, que oferecem pratos exclusivos e rótulos de vinhos e espumantes a valores especiais.
São estabelecimentos aconchegantes, que abriram as portas para oferecer sofisticação na gastronomia, em pratos que levam vinho no preparo. O evento, organizado pelo Núcleo de Turismo da Praia do Rosa, o festival procura aliar as belezas naturais da região, gastronomia naturalmente o sabor variados de muitos vinhos e espumantes das vinícolas Abreu Garcia, Monte Agudo, Suzin e Thera.
Sempre durante os finais de semana, o público vai participar de jantares temáticos, sunsets, piqueniques, wine classes, workshops, degustação de rótulos, além de desfrutar das pousadas e das paisagens únicas do litoral sul catarinense.
“Comemore com a gente os prazeres do vinho, da gastronomia e as coisas boas do inverno, da Praia do Rosa” é o convite de Claudio da Rosa, coordenador do Núcleo de Turismo da Praia do Rosa. Ele conta que a cada ano, o festival vem atraindo mais turistas para a região. Nessa época de observação de baleias, a cidade recebe um grande número de turistas e quem sabe o visitante que participar do festival chegue no dia certo para avistar as gigantes do mar que estão na rota certa do nosso litoral todos os anos. Mais informações pelo instagram @delvinopraiadorosa .
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OS ÍTALOS-EGÍPCIOS NO BRASIL
Acaba de ser lançado em Imbituba, no sul do Estado, o livro “A Imigração Ítalo-Egípcia no Brasil”, de Patrícia Cifali e Mariana Rosa.
O livro, com projeto aprovado pelo Ministério da Cultura através da Lei Rouanet, tem distribuição gratuita. São 319 páginas de uma narração resgatando a história de famílias italianas ameaçadas pela crise europeia que buscaram terras prósperas e seguras.
Diferente da maioria que buscou o caminho direto para a América, algumas imigraram primeiro para o Egito e só depois, conseguiram chegar ao Brasil e se estabelecer. É o caso dos avós de Patrícia, Clemente e Lúcia Cifali. Ela conta que “o avô foi preso duas vezes no Egito e o único perigo dele era ser Italiano”.
Patrícia revela que sempre gostou do Egito e que essa relação tão íntima a levou de volta ao país africano em busca de informações sobre a migração e o trabalho de estrangeiros nas terras conhecidas pelas grandes pirâmides de Gisé. Ela descobriu ainda a relação do avô com a extração de pedra e a importância que os minerais tiveram na vida dele. “Meu avô trouxe o know-how da extração e utilização das pedras na construção de grandes obras e trabalhou no Brasil com pavimentação e asfalto de rodovias”.
“Eu sempre gostei de história e nunca tinha conhecido a minha própria história. Escrever o livro foi a oportunidade de buscar os detalhes e contar para todos as minhas origens, vitórias e oportunidades de crescimento com as adversidades que apareceram. Isso me deixa muito feliz”, destaca Patrícia.
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CAMERATA E OS CLÁSSICOS “COLORIDOS E MUSICAIS”
A Camerata Florianópolis leva ao palco nesta sexta, 30 de agosto, o espetáculo com obras clássicas de Mozart, Cimarosa e Joaquim Rodrigo. O espetáculo acontecerá no Teatro Ademir Rosa (CIC), a partir das 20h30, e contará com solos do violonista Felipe Coelho e do pianista Alberto Heller. A regência e direção artística são do maestro Jeferson Della Rocca.
No programa, o Concerto de Aranjuez para violão e Orquestra, do compositor espanhol Joaquim Rodrigo, o Concerto para Piano e Orquestra No 20, K.466, do compositor austríaco Wolfgang Amadeus Mozart, e a Abertura “Il Matrimonio Segreto”, do italiano Domenico Cimarosa.
“Este espetáculo será cheio de coloridos musicais e contrastes entre os estilos dos compositores, trazendo desde o classicismo de Mozart e Cimarosa, até a música contemporânea de Joaquim Rodrigo, com uma sonoridade própria que mescla o estilo da música contemporânea do início do século XX com toques de classicismo e romantismo”, conta o violonista Felipe Coelho. Os ingressos podem ser adquiridos no site da Blueticket.
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“GESTOS E HORIZONTES”
Resultado da primeira residência artística realizada no acervo do artista Paulo Gaiad, a exposição “Gestos e Horizontes” – Residência Artística e de Pesquisa Paulo Gaiad será aberta nesta quinta-feira, dia 29 de agosto, na Fundação Cultural BADESC, em Florianópolis.
Com curadoria de Karine Abbati, Nathalia Dov, Thays Tonin e Victoria Beatriz, a mostra coletiva apresenta 14 trabalhos inéditos, entre desenhos, pinturas, colagens, esculturas e instalações, produzidos pelos artistas Bruna Granucci, Lucas Speranza, Marta Facco, Tauan Gon, William da Silva. Segundo Nathalia, os processos, nas mais diversas linguagens artísticas, foram desenvolvidos a partir da Residência Artística e de Pesquisa no Acervo Artístico do artista Paulo Gaiad, realizada durante o mês de maio de 2024. A exposição abre às 19 horas e segue até 31 de outubro, com entrada gratuita.
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FANFARRA DA PONTE NO MONTE CRISTO
No próximo domingo, dia 1º de setembro, a Fanfarra da Ponte e os alunos do seu Núcleo de Estudos, realizam uma apresentação especial na Praça Novo Horizonte, no Monte Cristo, em Florianópolis. A Fanfarra da Ponte é conhecida por suas apresentações divertidas com repertório diversificado.
A apresentação é aberta ao público e garante muito entretenimento, alegria e diversão, além de promover a integração social e cultural entre os moradores da região. A fanfarra se apresenta a partir das 16 horas.
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Fico por aqui, até semana que vem!
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