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Meu nome é Yeoh, Michelle Yeoh

Michelle Yeoh e o tão sonhado Oscar/ Divulgação/The Academy

Meu nome é Yeoh, Michelle Yeoh

As apostas de melhor interpretação feminina estiveram , até os últimos minutos, entre Cate Blanchet e ela. Mas, Michelle Yeoh fez história na noite do Oscar ao tornar-se a primeira asiática a receber a estatueta de Melhor Atriz. Talvez muitas pessoas não ligassem “ o nome à pessoa”, apesar da artista malaia chinesa ter feito muitos filmes ao longo de uma carreira que já dura quarenta anos. Uma coisa mudou na noite de 12 de março de 2023: a partir de agora todos saberão que ela se chama Michelle Yeoh.

Michelle já tinha feito vários longas asiáticos de artes marciais, quando estreou no ocidente como uma Bond Girl em “ O amanhã nunca morre”, mas ficou conhecida mundialmente em “ O Tigre e o Dragão”, ganhador do Oscar Melhor Filme Internacional, que lançaria também o diretor Ang Lee, em 2000.

“Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo”, o grande vencedor da premiação este ano,  rendeu a Michelle seu primeiro papel de protagonista. No filme, que dividiu opiniões, ela é uma dona de lavanderia que precisa salvar o multiverso. Yeoh interpreta várias versões da personagem, inclusive uma atriz especialista em artes marciais.

Em seu discurso, Michelle emocionou a todos ao oferecer o Oscar “para todos os meninos e meninas que se parecem comigo e estão me assistindo agora, este é um marco de esperança e possibilidade”. Ao dirigir-se à platéia, ela acrescentou “mulheres, jamais deixem alguém dizer que vocês já passaram da ‘melhor época’. Não deixem que ninguém te coloque numa caixinha e não acredite que seu auge já passou”.

A coluna selecionou alguns filmes disponíveis nas plataformas para quem quiser conhecer mais do trabalho de Michelle Yeoh.

 

Tudo em todo lugar ao mesmo tempo, o ganhador do Oscar que deu a Michelle o papel de sua vida, continua disponível no Prime Vídeo.

Memórias de uma gueixa, A escola do Bem e do Mal, a minissérie The Witcher-A origem, a série Marco Poli, Sword of Destiny, A Múmia (onde Michelle atua com  o vencedor de Melhor Ator deste ano, Brendan Fraser) estão disponíveis na Netflix.

Podres de ricos  (também no Telecine), Órfãos de guerra, O tigre e o dragão, Uma segunda chance para amar, estão disponíveis no Prime Vídeo.

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NOVIDADES E DESTAQUES NAS PLATAFORMAS

Como cuidar de um bebê elefante – documentário – Netflix

O vencedor do Oscar de Melhor  Documentário em Curta-Metragem  conta a história de um casal do sul da Índia que se dedica a cuidar de um bebê elefante órfão, recolhido a um santuário. Eles têm como atividade remunerada cuidar de Raghu, mas ele acaba se tornando um integrante muito amado da família. (Veja o trailer)

 

Nada de novo no front – o making of – Netflix

Para quem admirou a capacidade do filme “ Nada de novo no front” colocar-nos dentro das trincheiras da Primeira Guerra Mundial, esse making of mostra como chegaram a tal grau de autenticidade. Esta é a primeira versão do romance de Erich Maria Remarque para o cinema falado em alemão [mérito do produtor brasileiro, Daniel Dreifuss, que apresentou a ideia de usarem o idioma original da história]. O making of tem 18 minutos.

Reprodução/Divulgação

 

O pior vizinho do mundo – direção: Marc Forster  -2022 – Prime Vídeo

Esse remake da comédia dramática sueca de 2015, “Um Homem Chamado Ove”, traz como atrativo Tom Hanks no papel principal. A história é a mesma: um homem chato, aposentado e rabugento que  vários anos antes foi deposto como presidente da associação de condomínios, mas continuou vigiando o bairro com rigor. Quando a grávida Parvaneh e sua família se mudam para a casa em frente e as cartas da nova vizinha acidentalmente vão parar na caixa de correio de Otto, uma amizade inesperada acaba acontecendo. Isso muda a vida deles.

Reprodução/Divulgação

 

Cidade de Mentiras – direção:  Brad Furman – 2021 –Prime Vídeo

Essa trama policial traz tantos personagens na abordagem dos assassinatos dos rappers Tupac Shakur e Notorious B.I.G. que é preciso ficar muito atento para não perder o fio da meada. Johnny Depp é o investigador que tenta conectar os casos, enquanto Forest Whitacker é Jack, o jornalista que anos depois tenta fazer uma retrospectiva das execuções que abalaram Los Angeles e o meio musical. O xis da questão acaba sendo como policiais se protegem mesmo diante dos crimes cometidos por algum deles.

Reprodução/Divulgação

 

O estrangulador de Boston – direção: Matt Ruskin – 2023 – Star+

Chega hoje ao Star+ o filme que foca menos nas atividades do serial killer que matou treze mulheres em Boston, entre 1962 e 1964, e mais no trabalho investigativo das duas jornalistas, Loretta McLaughin e Jean Cole. Loretta, interpretada por Keira Knightley, é quem primeiro liga os assassinatos a um único executor. Carrie Coon vive a colega e confidente, Jean. Elas enfrentam o sexismo da época dentro da redação, onde pautas importantes eram privilégio de jornalista homens.

Reprodução/Divulgação

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Vi e não gostei!

A série britânica “Luther”, com o meu admirado Idris Elba, é muito interessante. Por isso, a notícia de um filme com o personagem tantos anos depois, me deixou animada. “Luther – O cair da noite”, dirigido por Jamie Payne, foi uma decepção total. A história é mal amarrada, quando Luther foge da prisão para caçar um serial killer de seu passado como investigador brilhante. Há situações inverossímeis, onde mesmo esfaqueado o personagem sai lépido e fagueiro. Enfim, nem Idris salvou o filme do personagem que fez tanto sucesso na BBC e pelo qual ele parece ter tanto apreço. Quem quiser conferir, o filme está disponível na Netflix.

Reprodução/Divulgação

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Ainda sobre o Oscar

Quem leu a edição anterior da coluna viu que me arrisquei a fazer prognósticos da premiação, avisando que não era boa nisso. Pois não é que eu gabaritei nas apostas? Consegui 100% de acerto porque não escolhi meus favoritos, mas quem eu achava que ia ganhar. Não sou muito fã do grande vencedor da noite “Tudo em todo lugar ao mesmo tempo”, mas joguei minhas fichas nele, por exemplo.

Gostei da vitória de Brendan Fraser e de Michelle Yeoh. Apesar de torcer por “Argentina, 1985”, meu filme do coração, não achei injusta a vitória de Filme Internacional de “Nada de novo no front”, a adaptação alemã do romance de Erich Maria Remarque é a melhor feita para o cinema.

 

Curiosidades da noite:

  • A cara de Angela Basset quando anunciaram a vitória de Jamie Lee Curtis como Melhor Atriz Coadjuvante, sua concorrente, foi impagável.
  • Para tristeza dos fotógrafos, grande parte das estrelas escolheram usar vestido branco justamente no ano em que o tapete deixou de ser vermelho e passou a ser champagne.Zero contraste.
  • James Cameron foi uma das grandes ausências da noite. Dizem as más línguas que ele se ressentiu de “Avatar2” não ter concorrido nas principais categorias do Oscar.
  • Outro que não compareceu foi Tom Cruise. Há três versões para a ausência: problema de agenda, não ter sido indicado a Melhor Ator por “Top Gun:Maverick” e – a mais forte – para não encontrar sua ex-mulher, Nicole Kidman, uma das apresentadoras da noite.
  • A falta de noção da cantora nigeriana Tems ao usar um vestido com uma espécie de alegoria que impedia a fileira de trás de enxergar o palco. Sabe aquela história de pendurar uma melancia no pescoço? Foi atualizada…

    Reprodução/Divulgação

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THE END

Os colunistas são responsáveis por seu conteúdo e o texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal Making of.

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