Dois meses após ter lançado no mercado plano comercial para cobertura do Qatar, o grupo NC surpreende e divulga que três profissionais foram escalados para a viagem: Rodrigo Faraco, o repórter cinematográfico Mateus Castro e o repórter de TV Carlos Rauen.
A ida de Faraco foi comemorada por seus colegas, amigos e leitores como algo justamente merecido e uma recuperação histórica. Ele já deveria ter há mais tempo o crachá de cobertura internacional. Ele é ainda jovem comentarista cuja formação passou pela antiga TVCom, depois rádio CBN Diário e RBS TV. Rodrigo é de fato um profissional multimídia e certamente fará no Qatar um trabalho diferenciado das obviedades do futebol.
Mateus Castro vai ajudá-lo nesse processo com imagens. Quanto ao repórter de TV, muito provavelmente foi escolhido mais pelo relacionamento dentro do grupo do esporte da TV. Faz parte de uma geração de rendimento básico, em uma área em que passaram talentos como Carlos Eduardo Lino, Edmilson Ortiz e Dolmar Frizzon, entre outros.
A morte de Elizabeth
Raramente um fato internacional e mesmo brasileiro mereceu cobertura tão intensa quanto a morte da rainha Elizabeth. As informações dominaram inteiramente as TVs fechadas, com requinte maior da GloboNews, que tinha quatro repórteres ao vivo de lá: uma na Escócia, onde a rainha morreu, e outros três de Londres, entrando ao vivo a todo instante desde os primeiros momentos. Cecília Malan, que estava de férias no Brasil, voltou rapidamente. Repórteres baseados nos Estados Unidos foram chamados para integrar o time da longa cobertura, como também a repórter baseada em Zurich.
A CNN se esforçou, mas ficou mais resumida, embora tenha enviado para o Reino Unido o âncora Márcio Gomes.
Desde cedo no dia 9, quando a família foi chamada ao castelo de Balmoral, já se sabia do desenlace, só revelado quando todos haviam chegado. Na quase centenária TV estatal BBC, os âncoras já estavam vestidos de preto. Coube ao locutor da hora, ler, com gravidade, a notícia da morte.
Globo vacilou
Na mesma noite do dia 9, a Globo se equivocou ao colocar um Globo Repórter preparado meses antes por Rodrigo Carvalho, inteiramente dedicada a um parque de Londres. O mesmo repórter que passara o dia no Palácio de Buckingham, noticiando detalhes da morte da rainha.
Faltou agilidade para produzir um programa especial sobre isso direto da Inglaterra, com imagens de arquivo e todo o pessoal já instalado para a cobertura.
Jovem Pan na mira
Colunista Gabriel Vaquer, do UOL, notícia que terça-feira a Jovem Pan foi notificada pelo TRE paulista por ter divulgado notícias incorretas sobre Luiz Inácio Lula da Silva. No programa “Três em um”, das cinco horas da tarde, além disso, faz campanha sistemática a favor de Jair Bolsonaro.
Segundo a notificação, a emissora descumpriu as regras da cobertura jornalística eleitoral ao não divulgar o contraditório.
O olhar do mercado paulista indica que o TRE em breve vai bater no programa seguinte, “Os pingos nos Is”, que faz diariamente campanha raivosa pró Bolsonaro e chama Lula no mínimo de ladrão.
Erro de endereçamento
Pode acontecer a qualquer um, errar o dedo na hora de digitar e às vezes enviar uma mensagem indesejada para companheiros de trabalho. Dependendo do conteúdo, vale até gancho, mesmo que o profissional seja único na área.
