Ver gente comemorar a redução do preço na gasolina me faz lembrar uma antiga piada que diz o seguinte: Um pai foi até a igreja e reclamou ao padre que tinha muitos problemas, morava numa casa pequena e com muitos filhos. Então, o padre aconselha um pai a colocar um bode na sala. Uma semana depois ele voltou e o padre perguntou como estavam as coisas e o pai respondeu que tinha piorado e que o bode estava atrapalhando bastante. Então, o padre disse para devolver o bode a voltar em uma semana. Uma semana depois o padre pergunta: E então? As coisas melhoraram? E o pai responde “agora sim, seu padre, a minha vida nunca foi tão maravilhosa. Sem o bode a gente tem espaço na sala e não tem mais aquele mau cheiro. E lá foi o feliz homem de volta à sua casa, agradecido a Deus pela vida que levava.
Assim segue o consumidor brasileiro iludido com a queda no preço da gasolina, mas para reavivar a memória é bom lembrar que o preço médio da gasolina era de R$3,60 no primeiro semestre de 2019 (segundo base de dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), quando Jair Bolsonaro assumiu o Governo, de lá para cá o descontrole da economia levou a desvalorização do real e o aumento do preço dos produtos cotados em dólar, assim como os combustíveis.
O preço da gasolina disparou pressionado pela Política de Preços da Petrobras, reforçado pela guerra Rússia/Ucrânia, mas também por falta de uma política econômica do Governo Federal, mas ainda tem gente que comemora porque a gasolina baixou, mas ainda está acima de R$ 6,00. Ora, ora! A ilusão é de graça, mas a gasolina de fato continua muito cara e detonando o poder aquisitivo dos brasileiros quando mina toda a cadeia produtiva com o aumento dos custos de transporte. Afinal, pela primeira vez o diesel também está mais caro do que a gasolina e a prova viva da falta de diretrizes pautadas na economia.
