Às vezes surge a imagem do LP inovador do Pink Floyd, “Dark side of the moon” – e sua ilustração de capa – em momentos mais difíceis de receber, processar e entender certos fatos que envolvem os tempos atuais. Com um detalhe: ao contrário do que está na capa histórica do álbum, a escuridão não se transforma em um prisma multicolorido.
Depois das cores predomina o breu.
Nesse lado dark tem tenta coisa que é difícil ficar indiferente. Como o sumiço do indianista e do jornalista inglês na Amazônia, quase uma terra sem lei, dominada por garimpeiros ilegais. E muitas notas de entidades oficiais, no início, indiferente ao drama, quase culpando os dois pelo que possa ter ocorrido.
Tem também a campanha sistemática para desacreditar as urnas eletrônicas. E o STF, embora, de vez em quando, a gente tenha críticas às decisões difíceis de entender de alguns ministros. É um filme replay do que já aconteceu lá nos Estados Unidos.
É difícil ser otimista no meio de tanta escuridão. Até na música. Quando se mergulha no bate boca entre artistas, envolvendo o chamado sertanejo universitário, o escândalo é grande. Envolve o agronegócio, interessado em financiar certos artistas para construir a imagem de que sem ele o brasileiro não tem comida na mesa. Sem falar na soma astronômica, paga por prefeituras paupérrimas, com retorno por baixo dos panos para agenciadores, segundo vários blogs informam.
Haja paciência e muito saber para ler as entrelinhas.
Mensagem direta
Quem tem calma e interesse em ler nas entrelinhas no noticiário político, percebe claramente que alguns colunistas selecionados recebem mensagens diretas, com as chamadas informações privilegiadas. Caberia ao jornalista selecionar o que recebe, pois um velho manual de redação diz que a notícia que procura defende seus interesses. Nem sempre isso acontece e o noticiário político fica sem lógica, com reviravoltas de um dia para outro.
Pingos
Antes espiava “Os Pingos nos Is” para entender qual era o processo daquele grupo de comentaristas da Jovem Pan. Hoje, olho de vez em quando para me divertir. Nem em desenho animado tem tanta gente malvada.
Sadi
A nova apresentadora do Estúdio I, das 14 às 16 horas na GloboNews, Andrea Sadi, estreou derrubando a audiência dos concorrentes no cabo. E causando polêmica, ao repreender ao vivo o comentarista nos Estados Unidos, Guga Chacra (veja aqui).
Sem Mária Beltrão, o estilo do programa mudou fortemente. Virou sisudo, com temas pesados, sem refresco. Será difícil manter esse estilo por muito tempo e, se Sadi criar um novo climão no estúdio, repreendendo mais gente, tende a ser um programa de curta existência.
Porchat
Ninguém dúvida do talento de Fabio Porchat. Mas, parece que ele não deu uma avaliada nesta chamada repetida à exaustão, com a participação lamentável do jornalista de Nova Iorque.