Momento de grande apreensão do torcedor azurra com a incomoda posição na tabela de classificação da Série B. Quem acompanha a competição, especialmente a mídia nacional, estranha o Leão da Ilha na lanterna da competição. O Avaí sempre foi um grande na Série B, conseguindo estar entre os primeiros na maioria das disputas. Desde 2014 disputando a Série B, foram cinco edições, o Avaí conquistou quatro acessos. É o recordista de acessos à Série A.
A equipe amarga uma posição desconfortável, última colocação, com apenas duas vitórias em 16 jogos. Tem o pior ataque, a quarta defesa mais vazada e o pior saldo de gols. Está onze partidas sem vencer, recorde nacional, e oito rodadas na zona de rebaixamento.
O torcedor fica imaginando o que pode estar acontecendo com o time da Raça, no ano do Centenário? Uma sequência de erros da atual gestão no futebol, perdida em contratações e demissões que não deram certo dentro e fora de campo.
Os sócios foram às urnas, influenciados por alguns “notáveis” e fizeram uma escolha diferente daquela que vinha dando certo. O resultado aí está, uma onda de incertezas e pavor com a possibilidade de queda.
Na noite desta quarta-feira (19), diante do torcedor na Ressacada, o Avaí tem a segunda oportunidade no comando de Eduardo Barroca, de buscar a virada de página e iniciar a recuperação contra o Sampaio Corrêa. A primeira já passou na derrota para a Ponte Preta por 1 x 0, num jogo em que o goleiro foi expulso aos três minutos de jogo.
Inevitável não lembrar daquele jogo épico de 28 de novembro de 2021, também contra o Sampaio Corrêa, na Ressacada, quando Avaí ganhou por 2 x 1 em partida que garantiu o acesso em 4º lugar, com 18 vitórias e 64 pontos.
Foi uma virada sensacional, com requintes de crueldade. A formação do time azurra foi esta: Glédson; Edilson (Renato), Fagner Alemão, Betão e João Lucas (Felipe Saraiva); Bruno Silva, Marcos Serrato (Valdívia) e Lourenço (Rômulo); Vinícius Leite (Jonathan), Getúlio e Copete. Técnico: Claudinei Oliveira. Nenhum deles está no clube hoje.
Portanto, diante do atual quadro, não dá para pensar em outro resultado que não seja a vitória. O Avaí está distante sete pontos da primeira equipe fora da Zona de rebaixamento e mesmo que vença, ainda vai permanecer no Z-4. Mas já significará uma arrancada para tentar virar a página e reagir na competição.
Quem sabe a campanha de motivação e a união dos torcedores possam fazer o time reagir, ganhar corpo e mudar. No futebol só vitórias para mudar uma situação como esta. Que o “Um por todos e todos por um” tenha um significado muito maior que a retórica do vamos vencer, não importa como. Sofrido ou não, difícil ou não, o importante será ganhar.
