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Minisséries mostram as várias faces de ídolos do cinema

Para começo de conversa é bom destacar que quem vos escreve não é um dispositivo de AI, sou eu mesma, sua colunista há cinco anos em carne e osso. Brincadeiras à parte, confesso que é um pouco assustador dar de cara com o aviso na plataforma de pesquisa: escreva textos incríveis em segundos com nossa nova ferramenta de Inteligência Artificial. Pode ser apenas o estranhamento de toda novidade e quem sabe futuramente a AI vai escrever a coluna. Por enquanto, contentem-se com minha simples inteligência humana.

E vamos lá que temos assuntos variados hoje! Boa leitura.

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NOVIDADES

  • Para os fãs do cara, o grande lançamento da Netflix esta semana é a minissérie documental  Mesmo quem não é grande admirador de Arnold Schwarzenegger como ator pode gostar de conhecer sua história.  Sua trajetória é um roteiro pronto: Arnold deixou uma vida humilde no interior da Áustria em busca do sonho americano, destacou-se no fisiculturismo, chegou a grande astro de Hollywood e elegeu-se governador da Califórnia. Dividida em três partes, a série inclui depoimentos de amigos, colegas de elenco e até inimigos, além de mostrar os escândalos na vida pessoal e a dificuldade  de reconhecer para a sua mulher, Maria Shriver, que tinha um filho com a governanta da casa. Entre os depoimentos ilustres estão os de James Cameron, Danny DeVito, Jamie Lee Curtis e Sylvester Stallone.

p.s.: “Fubar” (2023), a primeira série de Schwarzenegger, também está disponível na Netflix.

 

  • No canal Star+ , o destaque é a história de outra mega estrela. O documentário A história de Brooke Shields mostra em duas partes a trajetória da atriz e a polêmica em torno da sexualização de sua imagem no cinema e na publicidade na infância e adolescência. Brooke relata o relacionamento com a mãe alcoólica e como teve que lutar para superar traumas. A crítica  do roteiro à sua sexualização torna-se um pouco contraditória ao utilizar massivamente as imagens da garotinha em “Pretty Baby”, filme de Louis Malle ou “ A lagoa azul”,  além das revistas  e campanhas publicitárias da época, como a Calvin Klein. Uma menina de rosto angelical, fazendo poses sensuais estimulava as piores coisas. Ser tão absurdamente linda foi quase uma maldição para a atriz. Na segunda parte, ela conta sobre um estupro e fala dos casamentos, inclusive com o tenista André Agassi, mesmo momento em que se afastou da mãe. Aos 58 anos, sem o encanto juvenil, mas ainda muito bela, Brooke está casada há muitos anos com o segundo marido. Na cena final, ela conversa com as duas filhas e demonstra orgulho por ter criado duas mulheres articuladas, que sabem o querem. Tão diferentes da jovenzinha sem voz que ela foi.

 

  • Outro lançamento da Netflix é a terceira temporada de Casamento às cegas-Brasil. É aquela bobagem boa para passar o tempo. Vários homens e mulheres conversam através de cabines e escolhem o parceiro pela voz. Depois se conhecem pessoalmente, passam dias juntos em algum lugar paradisíaco e só decidem se vão dizer sim na hora do casamento. Teoricamente estão ali para encontrar o amor de sua vida, mas na prática a maioria quer mesmo é ficar famosa. A apresentação é dos atores Camila Queiroz e Klebber Macedo ( foto), casados na vida real.

 

  • Na HBO e HBO Max, o destaque é para A mulher rei, o blockbuster com Viola Davis. Ela é Nanisca , comandante do exército do Reino de Daomé, um dos locais mais poderosos da África nos séculos XVII e XIX. Durante o período, o grupo militar – conhecido como Agojie – era composto apenas por mulheres que combateram os colonizadores franceses, tribos rivais e todos aqueles que tentaram escravizar seu povo e destruir suas terras.

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É COISA NOSSA

FALA São Chico divulga programação

 

A Panvision acaba de divulgar a programação completa do Festival Audiovisual Latino-Americano de São Francisco do Sul, o FALA São Chico 2023. Participam vinte e seis filmes, quatro deles como convidados. São produções do Chile, Colômbia, Equador, Guatemala, México e Peru, além de França e Suiça como coprodutores.

Santa Catarina está representada com três filmes na Mostra Competitiva Curtas. Um deles é “ Mulheres de São Chico”, dirigido por Ney Inacio e produzido em São Francisco, conta em quinze minutos a história de Dona Malvina, uma guerreira da pesca.

Este ano as exibições serão na Cine Tenda, montada especialmente para o festival na orla da Praia da Enseada.

Os detalhes da programação que inclui também apresentações artísticas, feira de artesanato e barraquinhas juninas estão no falasaochico.com.br

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 A CARA DO CINEMA

 Sônia Braga – Maringá, Paraná-  08/06/1950

Uma de nossas maiores estrelas acaba de fazer 73 anos. Depois de brilhar nas novelas – como a inesquecível “Gabriela”, personagem de Jorge Amado – fazer teatro e cinema no Brasil, Sônia Braga seguiu carreira internacional. Ela foi descoberta por Hollywood no ótimo “ O beijo da Mulher Aranha”, dirigido por Hector Babenco, em 1985. O filme deu a William Hurt o Oscar de Melhor Ator, jogando luz sobre o elenco que trazia também Raul Julia.

Apesar do sucesso na TV e no teatro, Sônia provou ser mesmo “bicho de cinema”. No Brasil, ela interpretou personagens ousados de Nelson Rodrigues, como “ A dama do lotação”(1978), além de ser dirigida por Arnaldo Jabor em “ Eu te amo”( 1981). Em Hollywood, fez “Luar sobre Parador”,  “Rebelião em Milagro” e “Cidade do silêncio”, entre outros, além de participações em várias séries de TV. O nome de Sônia Braga aparece na lista dos 25 maiores atores do século do New York Times.

Os últimos trabalhos dela no Brasil  foram em “ Aquarius” e “Bacurau”, dois sucessos de público e crítica, dirigidos por Kleber Mendonça e disponíveis nas plataformas. Atualmente, Sônia pode ver vista também  em “ Fátima- A história de um milagre”, sobre as visões da Virgem Maria por três crianças em Portugal. Ela interpreta a Irmã Maria, ao lado de Harvey Keitel. O filme está disponível em streaming.

Engajada política e socialmente, a atriz fala sobre envelhecer com sabedoria: Qual a outra opção? Morrer. Se você não quer envelhecer, você quer morrer. Em relação a esta questão, tenho um mantra budista… A gente se distanciou tanto da natureza, em tantos aspectos. Quando a gente vê uma árvore bonita, pergunta: quantos anos tem a árvore? Alguém responde: “10 anos”. Aí vê outra árvore e alguém diz que ela tem 300 anos. A gente diz: “Nossa! Que coisa linda!”. Onde é que a gente perdeu este sentido em relação à própria natureza?

 

Longa vida à nossa diva.

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