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Tempo de “vacas magras”

Tempo de “vacas magras”
Imagem de 1820796 por Pixabay.

As histórias de brasileiros e brasileiras fazendo fila para comprar osso ou pedir gordura animal nos açougues ganharam as manchetes país a fora e diminuem ainda mais a esperança em dias melhores. A miséria está aumentando, na mesma proporção em que os preços dos produtos e a inflação aceleram nas prateleiras. Um quarto da população brasileira, 52,7 milhões de pessoas, vive em situação de pobreza ou extrema pobreza.

O consumo de carne caiu 5% em 2020 passando para 36 kg por pessoa. Esse é o menor nível desde 2008. Trata-se também do 4º ano seguido de queda, segundo dados Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes – Abiec. Já a média diária de exportações de carne bovina atingiu 12,4 mil toneladas até a segunda semana de setembro, um crescimento de 83,1% em relação ao volume embarcado no mesmo período do ano passado, segundo dados do governo federal divulgados no início da semana. Se não fosse a suspensão temporária de vendas da proteína para a China o volume de carne exportado seria maior.

De um lado, a queda no consumo de carne provocada pela redução de oferta e aumentos nos preços e, no outro lado, crescimento acelerado nas exportações. Enquanto o dólar valorizado torna o mercado internacional mais atrativo para os produtores de carne e favorece o aumento das exportações, no sentido inverso, reduz a oferta do produto para o mercado interno e aumenta os preços por aqui. A comemoração (ou não) fica restrita ao lado da mesa no qual você se senta.

O Presidente Jair Bolsonaro afirmou que “O Brasil passou a exportar mais. Alguns querem “segure exportação’ para baixar o preço aqui”, porém não é com medida autoritária – segurar as exportações – que se regula o mercado, mas com eficiência nas políticas macroeconômicas. Mas qual a política de incentivo ao aumento da produção ele propõe? Quais medidas para tranquilizar os investidores e para conter a desvalorização do real estão sendo tomadas?

O mercado é livre e funciona por expectativas e estas fazem oscilar os indicadores econômicos, não muito obstante vale lembrar que os países que melhor administraram a pandemia, melhores resultados obtiveram na economia. Isso quando a prioridade do Governo é a população local e também a produção voltada para o mercado interno, não apenas o favorecimento de segmentos específicos do agronegócio. Solidariedade a quem passa fome e aos empresários que lutam bravamente para manter seus negócios prosperando em meio a falta de rumo da economia do país.

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