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Ziriguidum!

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Carnaval é bom mesmo para quem desfila em bloco ou em escola de samba. E também para quem trabalha em busca de receita extra.

Para jornalistas é uma época mais complicada. As notícias rareiam ou são trágicas como as enchentes no interior paulista. Na maior parte do tempo, entretanto, é preciso sair de trio elétrico para ocupar os espaços do jornalismo. Aí entra na caça de algo novo, geralmente sem sucesso. Vem o Galo da Madrugada, Ivete Sangalo e Bloco dos Sujos. Mostra-se carnaval até onde não tem, grupos reunidos pela reportagem para mostrar o que às vezes parece marcha unida, tipo soldados no quartel.

Ouvem-se turistas, que invariavelmente vão dizer a mesma coisa: o carnaval daqui é ótimo. Quem se diverte sambando, nem sempre diverte quem está em casa, porque é difícil transpor o ambiente para a telinha.

 

Desfiles

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Já nos desfiles mais organizados, muda um pouco. As escolas de São Paulo, por exemplo, que desfilaram no sambódromo, mostraram um espetáculo à altura do Rio de Janeiro. Transmissão de TV com os mesmos requintes. Só quem levou críticas foi o apresentador Rodrigo Bocardi, alçado do jornalismo para substituir Chico Pinheiro, que desagradou muita gente na internet. Ele fez o que pode, inclusive homenageando seu antecessor.

No Rio, no “maior espetáculo da terra”, os apresentadores Alex Escobar e Maju Coutinho estavam bem afiados e se deram bem nas entrevistas realizadas pós-desfile no estúdio Sapucaí. A transmissão foi um show de imagens que mostrou em detalhes a criatividade dos carnavalescos.

Em Floripa, a ND fez sua parte mostrando com esmero os desfiles na Nego Quirido. O vento sul prejudicou certamente a presença de público, mas faz pensar que a Prefeitura deve investir no próximo ano em garantir gente nas arquibancadas.

A NSC ignorou os desfiles, porque abriu mão deles para a concorrente. Soa como algo ultrapassado, ignorar um evento desse porte porque não chancelou. A informação básica deveria ter sido levada ao público.

 

Modelo

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Na faixa faturamento com carnaval está a ex-top model Gisele Bündchen. Anunciada por dias como se resolvesse passar o carnaval no Rio turisticamente, na verdade ela veio porque faturou uma grana alta de cachê (11 milhões de reais).

 

Mais grana

Grana mesmo tiveram que pagar os frequentadores do camarote Brahma em São Paulo: três mil reais por cabeça.

Jovens do interior que foram ao local para namorar se desiludiram, porque, segundo reportagem do UOL, o pessoal mais vip só queria saber de fazer selfie.

 

Bola fora

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Fátima Bernardes e o namorado Túlio Gadelha receberam o troféu bola fora pelos internautas, ao aparecem fantasiados de enfermeiros. Disseram que era uma homenagem, que é sempre justa, mas meio fora de esquadro já que em uma festa de alegria trouxeram a lembrança do que todos nós passamos na pandemia.

 

Bola murcha

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Em meio ao carnaval, um tema significativo envolvendo corrupção no futebol está em segundo plano: envolvendo jogadores que foram aliciados com dinheiro para provocar certos resultados no campeonato nacional da série B. Uma matéria do Jornal do Almoço de Goiás documenta o dinheiro pago a três jogadores de times diferentes para provocarem pênaltis em seus jogos. Veja a matéria (aqui) e conclua que é preciso uma ampla investigação e punição exemplar dos jogadores.

Uma coisa é certa: o jogo legal e o ilegal e a corrupção estão presentes em nosso meio.

Os colunistas são responsáveis por seu conteúdo e o texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal Making of.

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