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A Globo desce do pedestal

Nenhum ambiente de trabalho permanece igual depois de um corte indiscriminado de funcionários, não importando a competência deles e muito menos o tempo de casa. Será assim na Globo, que demitiu mais de 50 funcionários na semana passada, todos excelentes profissionais e desempenhando suas tarefas a contento.

Criou-se um ambiente de luto à medida que os profissionais iam sendo dispensados. Um dos repórteres, Eduardo Tchao, estava na rua trabalhando quando foi chamado à redação para ser demitido.

Não há dúvidas que os cortes obedeceram a uma estratégia de consultoria, que baixou a régua de corte por idade e salário. Na reportagem, o objetivo da empresa é atingir quem ganhava entre 50 e 150 mil reais por mês. Quer ter a média salarial de 30 mil mensais. Isso significa gente mais nova, menos experiente e não necessariamente competente no ar.

 

Histórico

Essa leva de demissões, que mobiliza as entidades de jornalistas, veio depois das ações que ocorrem há vários meses, que estabeleceram vários cortes na área da dramaturgia e do esporte. Os grandes salários estão sendo dizimados, o que assusta entidades e sindicatos, que colocam a Globo na ordem do dia.

Contratos de pessoa jurídica, que era um hábito, foram renegociados, por exemplo, como os talentos do esportes, que passaram a receber menos por mês da emissora mas com autorização para faturarem com comerciais. E os mais dispendiosos, como Galvão Bueno e Cleber Machado, foram dispensados.

 

E vem mais

O enxugamento não parou por aí. Outros profissionais com altíssimos salários já estão sabendo que a realidade vai mudar. Em um pacote futuro, estarão na mira Luciano Huck, Marcos Mion e Fátima Bernarndes, entre outros.

 

Equilíbrio

A Globo busca equilibrar o negócio televisão, que em 2022 deu prejuízo. É fácil deduzir que não será apenas com o corte desses 50 profissionais que isso será resolvido. Assim, é fácil deduzir que vem mais por aí.

Por isso, a Globo está descendo do pedestal onde se encontrava há vários anos, como um ótimo lugar para trabalhar, alheio a crises e que observava de longe as crises entre afiliadas. Agora, a Globo agora iguala à rede.

 

Audiência

A nova realidade da Globo é continuar perdendo a audiência maciça que detinha há vários anos. A antes programação campeã de audiência sofre erosão e em alguns estados, como a Bahia, é a segunda colocada. As novelas continuam sendo o principal produto. O jornalismo virou acessório.

Por isso, o investimento muito forte no streaming para aliviar a pressão sobre a TV aberta.

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