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Acima de toda a chuva

Nunca a estátua do Laçador, altivo, olhando firme para o horizonte, teve tanto significado como agora. Ele representa o gaúcho neste momento trágico, assolado pelas águas, mas sem perder a esperança.

Tem origem nas histórias desbravadoras do povo e se consolida neste momento, com o apoio irrestrito e comovente dos demais brasileiros. Dos milhares de voluntários em ação nas mais difíceis situações e da ação coordenada de bombeiros, policiais civis e militares, integrantes da Defesa Civil e do Exército.

Exceções

Embora toda essa mobilização seja notável, existem manifestações a lamentar, como a assessora do deputado Marquito, do Psol, Aldaci da Cruz, que disse que “a mãe terra está limpando o Rio Grande do Sul.” Foi exonerada e sumariamente demitida da Alesc.

Mas tem também algum exercício de xenobofia, verificado em texto da coluna de sábado de Cacau Menezes, em que valoriza a ajuda dos catarinenses, mas salienta que na enchente de Tubarão morreram mais pessoas do que agora no RS, “sem nunca ter recebido (SC) significativa colaboração de Estados vizinhos.”

Muito provavelmente o texto é de um colaborador anônimo do colunista, que leu nem direito.

Vive

Pensamentos xenofóbicos adormecem, mas não morrem.

Assessoria

Mas o grande debate negativo foi proporcionado pela Globo News, envolvendo as âncoras Ana Paula Araújo e Daniela Lima (ela, sempre ela). E como tudo o que acontece na internet, movimentou as redes bolsonaristas para dizer que elas são assessoras de imprensa do governo.

Independente dessa visão política, distorcida, já registramos aqui que para neutralizar a visão direitista que domina a web, os comentaristas da Globo News acabam “defendendo” o governo.

No caso em questão, Ana Paula estava entrevistando um voluntário que enaltecia o trabalhos dos civis, quando a repórter tirou o microfone para que ele parasse com o discurso. “Todas as pessoas que estão trabalhando aqui, 90% são civis, pessoas da comunidade, gaúchos, irmãos, a gente se uniu, nós já somos um povo muito unido…”, afirmou ele. Neste momento, a âncora afastou o microfone antes que ele pudesse completar o que iria dizer.

Daniela Lima veio em cima. ” O primeiro eixo da fake news é dizer que o Estado nada fez. Se ouvir isso, desconfie. Eles usam vídeos falsos, descontextualizados, para dizer que quem está salvando o Rio Grande do Sul no braço são os voluntários, os civis. Essa ideia é para dizer que o Estado é lento e preguiçoso”, disse ela.

SBT e as multas

Outro caso que mistura informação, fake news, defesa intransigente do governo, bem como o contraponto direitista, ocorreu com o SBT. A repórter Márcia Dantas faz uma reportagem informando que veículos que transportavam doações par o Rio Grande do Sul, estavam sendo multados.

Foi torpeada pela mídia governista e até pelo Ministro das Comunicações. O SBT foi tão pressionado que até tirou do ar reportagem. Porém, algumas horas depois, retornou com uma nota dizendo que não publica fake news, validando Márcia.

A verdade ficou clara logo em seguida: realmente os caminhões tavam sendo multados no posto de Florianópolis e Aranguá.

A partir da comprovação, colocou-se panos quentes nos fatos.

Solidariedade

A tragédia no Sul criou uma rede de solidariedade jamais vista. Desde a mídia profissional – rádios, tv, jornais, sites – até os voluntários que abriram canais de comunicação.

Todo mundo ajuda. Até Elon Musk, que enviou mil equipamentos da sua rede Starlink para facilitar a comunicação dos órgãos de segurança envolvidos na operação.

Mesmo os atingidos, usam todos os meios possíveis para se comunicar. É o caso do Correio do Povo, conforme a coluna já mostrou e está nessa reportagem da Tv Record.

Olha o sapatinho

Para descontrair um pouco, o que você acha desse sapato da Andrea Sadi ao apresentar o Jornal Hoje, sábado passado?

Você acha que ela está inovando? ou esqueceu de troca o calçado que usou para chegar até a Globo?

 

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