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Quem vence e quem perde com a Copa

Reprodução/Divulgação/Globo

Até agora, começo da segunda fase de classificação, já é possível saber alguns destaques e outros nem tanto no meio rádio e TV na Copa do Qatar.

Sem dúvidas, em narração para a TV, voltaram a brilhar os profissionais mais experientes e centrados: na aberta, o inesgotável Galvão Bueno e na fechada, Milton Leite, o homem dos cabelos brancos.

Dos demais enviados ao Qatar, o desfalque é Luís Roberto que fez o jogo de abertura e mal terminou o segundo com problema na voz. Foi acometido por uma sinusite, o que provavelmente revela que a imunidade baixou com a responsabilidade de substituir em definitivo Galvão depois do mundial.

Já Luís Carlos Junior, escalado quase sempre para os melhores jogos do SporTV, se perdeu em brincadeiras e piadas infames. É provável que volte a fazer os jogos principais, mas seria mais eficiente se a produção o orientasse a fazer o trivial. Os demais narradores foram sofríveis, apostando em informações paralelas e estatísticas enquanto a bola rolava, irritando quem queria saber o que ocorria em campo.

Nos comentários, se destacaram até agora Paulo Vinicius Coelho, Lédio Carmona e Maurício Noriega, que sabem fazer jornalismo ao explicar o que está acontecendo em campo. Os demais comentaristas jogadores e ex-jogadores foram exagerados nas intervenções. Alguns, não acostumados ao microfone, acabaram por dar explicações desnecessárias  sobre o que as pessoas estavam vendo ou queriam ver.

 

Comentando o que, mesmo?

Mas o pior de tudo foram os comentaristas de arbitragem, cujas opiniões chegaram a ser desmentidas no ar pelo equipamento da FIFA, que monitora impedimentos e lances de área. Trata-se de uma profissão que tende a ser extinta na medida que a tecnologia for se tornando viável economicamente para instalar no campeonato brasileiro, por exemplo.

 

Close

Sobre a transmissão em si, além do acompanhamento em cima do lance de área, a TV da Copa nos surpreende com big closes dos jogadores. Na hora do pênalti, dá para ver o suor, os lábios cerrados e o olhar do atacante, bem como a expressão de apreensão do goleiro.

Outro grande destaque em TV são as vinhetas de abertura e intervalo dos jogos (ver abaixo). O clipe destaca as vestimentas dos locais e o Keffiyeh, lenço típico do país, e conduz a viagem pelos 8 estádios que sediarão as partidas no Mundial.

A vinhetagem será lembrada como as mais bonitas de todos as copas.

 

Dificuldades

Embora os estádios sejam muito próximos e ocorram fanfests, há dificuldades para o trabalho da mídia mostrar o jogo em si. O acesso às seleções é limitado e os deslocamentos, sem transporte exclusivo, não são tão simples assim.

É visível a dificuldade mesmo para os repórteres da Globo, que adotaram o boletim no Qatar, os repórteres parados em um só local, tipo o hotel da seleção brasileira – o que mais aparece. Pedro Bassan é o ponto fora da curva, pois mesmo cobrindo a Sérvia conseguiu fazer boletins criativos em frente ao portão fechado do treino deles.

Reprodução/Globo

A mesma dificuldade afeta a equipe de reportagem da NSC TV. Rodrigo Faraco se resolve nos comentários. O repórter Carlos Rauen patina. Falta muito para a Copa terminar, assim é bom o pessoal se antenar para pautas criativas. É hora de marcar a carreira com grandes trabalhos.

Os colunistas são responsáveis por seu conteúdo e o texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal Making of.

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