As divergências regionais impediram que o União Brasil e o Partido Progressistas formassem uma Federação Partidário que contaria também com a presença do Avante.
Depois de uma série de reuniões, sendo que a última dela ocorreu na tarde dessa quarta-feira, 15, em Brasília, os dois partidos entenderam que não havia condições políticas para que a união das siglas ocorresse.
A expectativa agora é que as legendas formem um bloco parlamentar para atuação na Câmara dos Deputados, mas no Senado os dois partidos prosseguem separados.
A informação foi confirmada para o repórter do jornal O Povo, do Ceará, Zezinho Albuquerque, que é um dos articuladores e liderança do PP naquele estado. “Teria que ter uma conversa, isso é complicado”, avaliou o secretário.
Ciro Nogueira, que é deputado federal e presidente nacional do PP, também confirmou através de uma postagem nas suas redes sociais. “No que diz respeito ao Progressistas, encerramos as discussões para formação de federação junto com o partido União Brasil”, escreveu na publicação.
No início de março, tentando a última cartada para a busca de entendimentos regionais, o União Brasil e o PP tinham adiado o anúncio da federação. Essa demora ocorreu porque houve dificuldades para fechar acordos sobre os comandos em algumas executivas estaduais.
Essa federação começou a ser negociada logo após o primeiro turno das eleições de 2022. Um dos objetivos era fazer frente ao Partido Liberal, presidido por Valdemar Costa Neto, que tem 99 deputados e 12 senadores. A federação, caso se concretizasse, contaria com, no mínimo, 106 assentos na Câmara e 15 no Senado.