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VINHO PARA A MEMÓRIA

VINHO PARA A MEMÓRIA
WinePair.com/Reprodução

Uma pesquisa conduzida pela Universidade de Yale, nos Estados Unidos, apresenta mais um bom motivo apreciar um bom vinho: a degustação pode estimular mais o cérebro do que atividades matemáticas ou música clássica.

Segundo o professor de neurociências Gordon M. Shepherd, que escreveu o livro “Neuroenology: How the Brain Creates the Taste of Wine”, apreciar um bom vinho “de maneira relaxada e com atenção”, acelera a atividade cerebral e “movimenta áreas ligadas a cognição e memória”. Ele afirma que isso acontece porque os problemas matemáticos requerem uma quantidade limitada de atividade cerebral, enquanto a degustação envolve múltiplos sistemas sensoriais, como visão, aroma e paladar.

A pesquisa se iniciou em 2003 quando Shepherd participou de uma degustação guiada no Château Pétrus, na região de Bordeaux. Na época ele ficou imaginando como o cérebro cria as referências e organiza as lembranças que um bom vinho traz e se debruçou sobre o assunto.

O pesquisador usou os conhecimentos de anatomia, fisiologia, bioquímica e até dinâmica dos fluidos para explicar o que acontece com o corpo humano durante a degustação de um vinho. E mostra no livro desde a maneira como os aromas são absorvidos em diferentes estruturas do nariz, até a importância da saliva no processo (e como o fato de cada pessoa produzir saliva de maneira diferente, interfere na análise sensorial da bebida). Embora o livro ainda não tenha sido traduzido para o português, pode ser encontrado na Amazon. Se você preferir há um vídeo da Universidade de Yale que ilustra e resume o assunto. Mas a narração é em inglês.

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CERVEJA COM ÁGUA DE ESGOTO


Tejo Atlântico/Divulgação

A coluna já comentou sobre cervejas prá lá de inusitadas. Mas na nossa humilde opinião, essa criação portuguesa supera qualquer outra: cerveja feita com água de esgoto. A ideia foi da companhia que recolhe e trata o esgoto do Rio Tejo e que tem usado a água de efluentes (devidamente tratada, óbvio) para produzir cervejas experimentais.

No primeiro lote, foram produzidas uma Blond Ale e uma American IPA. A “Vira”, como foi batizada, foi produzida em parceria com uma startup apenas para demonstrar que a água residual urbana que passa pelas estações de tratamento da região de Lisboa “pode, em última análise, ter qualidade para fins potáveis”, diz o administrador da companhia.

Outro detalhe que torna a iniciativa ainda mais inusitada é o fato de que, mesmo provadas e aprovadas, a Blond Ale e a Amerian IPA não devem ser comercializadas. Vão servir apenas como um bom case de marketing.

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RECOMPENSA EM DINHEIRO


Heineken/Divulgação

Pratica muito comum na Europa, o recebimento de embalagens de cerveja para facilitar a operação logística das empresas com a garantia de uma compensação financeira ao consumidor, ganha mais um reforço no Brasil.

Depois da Ambev, que instalou centenas de máquinas de coleta e investiu em uma tecnologia nacional para o processo, agora é a Heineken que adere ao modelo. No caso da Ambev, as máquinas recebem garrafas da cervejaria para permitir a reutilização. Isso reduz a despesa logística e garante um desconto de até 30% no custo da bebida.

Já a Heineken está instalando nove máquinas num projeto piloto em supermercados de São Paulo para triturar qualquer garrafa de cerveja, independentemente de marca ou tamanho. Batizada de Volte Sempre, a iniciativa faz parte de um movimento para promover o descarte correto deste tipo de resíduo. O projeto foi desenvolvido em parceria com uma startup que atua com cashback (sistema que devolve ao consumidor uma porcentagem do valor gasto em compras). Cada garrafa de vidro depositada nas máquinas de triturar vai garantir um retorno de R$ 0,10 ao consumidor.

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RECONHECIMENTO TARDIO

A coluna pede desculpas aos cervejeiros por não ter comentado antes o expressivo resultado conquistado pelos catarinenses na Copa Cervezas de America, realizada no fim de agosto em Valparaíso, Chile. Foram nove medalhas para as cervejas catarinenses:

OURO:

Phare Farol de Santa Marta Australian Pale Ale

Australian Sparkling Ale – Cervejaria Phare (Garopaba)

PRATA:

Mèrica 1875

American Pale Ale – Al Fero Birrificio (Nova Trento)

Madame Tatá

Belgian Pale Ale – Sunset Brew (Tijucas)

Blauer Berg Witbier

Witbier – Blauer Berg (Timbó)

Double Red Wood & Brett

Wild Specialty Beer – Cervejaria Blumenau (Blumenau)

Big Jack Chaos Bjorn

Experimental Beer – Cervejaria Big Jack (Orleans)

BRONZE:

Oatmeal Stout Dalla

Oatmeal Stout – Cervejaria Dalla (Chapecó)

Lohn Bier Barleywine

American Barleywine – Lohn Bier (Lauro Muller)

Bierland Strong

Belgian Golden Strong Ale – Cervejaria Bierland (Blumenau)

Mais de 450 cervejarias, de 16 países, participaram do concurso. Entre as brasileiras quem se deu melhor foi a mineira Backer, eleita a melhor cervejaria brasileira do festival. Já a Dama Bier emplacou a melhor cerveja do evento: uma Wood Aged batizada como Reserva 8.

Os colunistas são responsáveis por seu conteúdo e o texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal Making of.

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