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A volta de Bosch, os 80 anos da belle de jour e a polêmica dos realities

Catherine Deneuve em dois momentos (Foto: Divulgação)

A edição desta semana traz boas notícias, como a nova temporada de um de nossos policiais favoritos e a descoberta de uma série de ficção científica baseada em livro de China Miéville. Falo também dos polêmicos realities de convivência, onde agora escalaram até as sogras.

E tem mais, muito mais pra vocês, queridos leitores.

Boa leitura.

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Bosch – o legado – 2ª temporada – 10 episódios – Prime Vídeo

Para quem é fã desse personagem do gênero policial clássico, chegou a segunda temporada do spin-off de “Bosch”. Não é a melhor fase da série, mas vale mesmo assim acompanhar Harry Bosch em desespero pelo sequestro de sua amada filha, a policial Madison. Há outras investigações paralelas também. Titus Wellever conseguiu criar um Bosch que faz jus aquele dos livros de Michael Connely. De quebra, essa temporada traz de volta Harry à sua linda casa no alto das montanhas de Los Angeles, onde ele vive ouvindo seus discos de jazz.  Outra boa notícia para os fãs do detetive: a terceira temporada acaba de ser renovada.

 

A cidade e a cidade – 1ª temporada – 4 episódios – Claro Vídeo

Essa minissérie da BBC Two é uma agradável surpresa para quem curte ficção científica. Baseada no romance de China Miéville, a trama acompanha o inspetor Tyador Borlú, na cidade de Beszél. Ele é encarregado de investigar o assassinato de Mahalia Geary, uma estudante estrangeira. Com uma ativa detetive assistente, ele descobre que a jovem estaria envolvida nos conflitos políticos entre Beszél e a cidade de UI Qoma, que ocupa o mesmo espaço físico, mas em outra dimensão. Os moradores de cada cidade estão proibidos de se encontrar. Por isso, a fronteira que separa as duas é policiada pela Brecha, que tem permissão para punir os infratores. É o tipo de trama que exige atenção para não confundir as cidades, mas há cores diferentes que ajudam nisso. O ambiente tem um clima de filme noir e o protagonista é o ótimo David Morrisey (foto).

 

Frasier – 1ª temporada – Paramount+ (Prime)

Os mais velhos lembrarão da série “Frasier”, um spin off de outra série famosa “Cheers”, com o ótimo Kelsey Grammer. Ele é um psiquiatra que apresenta um programa de rádio para ajudar as pessoas, vivia com o pai, um ex-policial aposentado, e tinha um irmão esnobe com quem vivia discutindo. A série durou várias temporadas e recebeu vários prêmios.

Agora, a Paramount+ lançou uma nova série, resgatando o personagem Frasier Crane, já mais velho e muito bem-sucedido na carreira. O pai morreu ( realmente, o ator John Mahoney, faleceu em 2018) e Frasier quer se reaproximar do filho que vive em Los Angeles. Completam o novo grupo, um velho amigo, o sobrinho adolescente e a reitora da universidade onde Frasier vai dar aula. O esquema é o mesmo da série original e resta saber se esse tipo de humor não tornou-se ingênuo demais para tempos tão ácidos.

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 A incrível sobrevivência dos realities shows de convivência

O primeiro reality surgiu há mais de vinte anos. Foi “No Limite” (2000), seguido, em 2002, pelo mais famoso deles: o Big Brother (Brasil). Diante do sucesso do formato importado de outros países, foram surgindo mais e mais programas do gênero. No momento, depois dois exemplos repercutem junto à audiência.

O pior

Produzido pela TV Record, a 15ª edição de “A Fazenda” ( uma espécie de BBB no campo) tem sido o horror dos horrores. Com direito até à expulsão da jornalista Raquel Sheherazade por agredir uma coleguinha, o programa tornou-se insuportável de assistir mesmo por dever do ofício. Um grupo de subcelebridades  sem carisma – atores, atletas, cantoras, influencers… – que só sabem brigar e gritar todo o tempo. As provas até que são bem criativas e a Adriane Galisteu é boa apresentadora, mas a excessiva agressividade entre os participantes cansa e marcaria o término definitivo do reality, caso não fosse tão lucrativo para a emissora.

 

O melhor

Aí, quando a gente pensa que já inventaram todo tipo de realities e o gênero está esgotado, a Netflix lança “Ilhados com a sogra”. Do que se trata: seis casais são levados para uma ilha deserta com a promessa de disputar um grande prêmio. Os participantes, pensando que iam competir entre si, descobrem mais tarde que genros e noras irão formar duplas com suas sogras…com quem não se dão nada bem.  Vi apenas o primeiro episódio, apresentado pela atriz Fernanda Souza, e conto a vocês que foi surpreendentemente divertido.  Se seguir assim, os realities ganham mais um fôlego e a garantia de que o gênero veio para ficar. A ver.

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Feliz aniversário, Mme. Catherine Deneuve!

Ela é uma das maiores atrizes francesas da história e também um dos mais belos rostos do cinema. Tendo completado 80 anos esta semana, Catherine Deneuve segue em atividade e acaba de lançar  “ Bernadette” onde interpreta a ex-primeira dama de França, Bernadette Chirac, uma comédia dramática que mostra a mulher do ex-presidente Jacques Chirac como alguém temperamental e decidida a ter vida própria. Sua atuação vem sendo muito elogiada.

Catherine Dorléac nasceu em Paris em 22 de outubro de 1943. Filha de um casal de artistas de teatro, Maurice Dorléac e Renée Deneuve, começou sua carreira no cinema através da irmã, a atriz Françoise Dorléac, que morreu tragicamente em 1967, aos 25 anos, num acidente automobilístico.

Deneuve tem uma longa e profícua carreira no cinema, tendo atuado em clássicos  como “A bela da tarde” (1967 ), do espanhol Luis Buñuel e “Repulsa ao sexo”, de Roman Polanski. Seu primeiro sucesso foi no musical “Os guarda-chuvas do amor”, de Jacques Demy, vencedor da Palma de Ouro em Cannes (1964).  Ela atuou também em “O Último Metrô”,  de François Truffaut, com o qual ganhou o César, o Oscar francês, como melhor atriz. Ao todo, Catherine já fez mais de oitenta filmes.

Este ano, Catherine abriu a 76ª edição do importante Festival de Cannes, cuja cerimônia foi apresentada por sua filha, a também atriz Chiara Mastroianni, fruto do relacionamento com o grande ator italiano, Marcello Mastroianni. É bom ver a musa francesa chegar aos 80 anos, recebendo merecidas homenagens.

Joyeux anniversaire et longue vie à Catherine!

 

Alguns dos trabalhos da bela disponíveis em streaming:

 

Cine Belas Artes a la carte

Manon 70 , Adeus à noite, Repulsa ao sexo, Benjamin, o despertar de um jovem inocente

 

Prime Vídeo ( e canais anexos : Mubi, Reserva Imovision e outros)

A bela da tarde, A última loucura de Claire Darling, Três corações,  O último metrô, Dançando no escuro,  Os guarda-chuvas do amor, Asterix e Obelix, A verdade, A esposa potiche, O reencontro, Duas garotas românticas, Fome de viver, Feliz aniversário

 

Netflix

Sementes podres

 

Looke

Enquanto vivo, O homem que elas amavam demais

 

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*Fotos: Divulgação/Reprodução

THE END

 

 

Os colunistas são responsáveis por seu conteúdo e o texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal Making of.

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