O cantor e compositor Alceu Valença acaba de ganhar uma homenagem muito especial. Um dos seus maiores sucessos serviu de inspiração para uma linha de vinhos produzidos na região do Tejo, em Portugal.
Os vinhos La Belle de Jour são resultado da parceria entre Alceu, a Wine Concept e a Quinta da Atela, uma vinícola fundada em 1346. A bebida é apresentada em três versões: tinto, branco e rosé. Nos blends, destaque para castas portuguesas como Touriga Nacional (no tinto) e Fernão Pires e Arinto (no branco). Já o rosé tem como ingrediente exclusivo a uva Castelão.
As criações ficaram à cargo do enólogo português Antônio Ventura. Mas Alceu Valença acompanhou todo o processo de perto. Sugeriu, inclusive, a arte dos rótulos. O produto começou a ser comercializado d´aquém-mar no dia 15 de agosto.
PELO RALO
O governo francês vai destinar 200 milhões de Euros (aproximadamente R$ 1 bilhão) para pôr fim a milhões de litros de vinho. O recurso vai subsidiar os produtores para que transformem boa parte do vinho de regiões como Languedoc, em álcool para indústrias como a de perfumes. O objetivo é regular os preços do vinho francês.
“Estamos produzindo muito e o preço de venda é inferior ao da produção”, explica Jean-Philippe Granier, diretor-técnico do AOC de Languedoc.
O motivo da crise – que também impacta Espanha e Portugal – se deve a uma diminuição no consumo do produto devido à inflação e mudança no perfil de consumo. Traduzindo: com o dinheiro mais curto, muitos consumidores estão substituindo o vinho por cerveja.
“Temos que conseguir que os preços deixem de cair e que os viticultores recuperem suas receitas”, declarou o ministro da Agricultura, Marc Fesneau, durante uma coletiva à imprensa.
RECONHECIMENTO PÚBLICO
Os juízes do Scotch Whisky Masters premiaram em Londres os melhores whisky´s produzidos mundo afora. Foram medalhas de ouro e prata em 42 categorias do destilado. O melhor exemplar da competição, chamado Taste Master foi o Craigellachie 13 Anos, um single malt que passa por um complexo processo de maturação em antigos barris de Bourbon e Sherry. Segundo os jurados, a bebida é caracterizada por “um nariz inesperadamente tropical”, com notas de abacaxi e banana. Se o leitor ficou interessado, a coluna ajuda: o whisky pode ser encontrado no Dutty Free, por US$ 90.
Entre os concorrentes norte-americanos (divididos em 19 subcategorias, como centeio premium, bourbons envelhecidos e Tenessee Whisky), o grande vencedor foi uma produção da Buffalo Trace. O Eagle Rare 17 Years Old (foto) faz parte de uma série limitada que é produzida a cada ano com o que há de melhor nos barris. Cada lote é único.
O blend final do Eagle Rare premiado foi selecionado entre 101 barris diferentes. O lançamento desta série especial da Buffalo Trace ocorre sempre no mês de outubro. E o Bourbon chega ao mercado por valores bem honestos: US$ 99. O problema é que as garrafas são muito disputadas e em minutos acabam no mercado paralelo por até US$ 2.300.
AINDA FALANDO EM PRÊMIO
Nove cervejas brasileiras foram premiadas na quinta-feira (24) como as melhores do mundo em seus estilos. Foi durante o World Beer Awards, realizado em Londres. Confira a relação:
– Água do Monge Saison Chardonnay (Biére De Garde & Saison) (foto)
– Bohemia Reserva (Dark Barley Wine)
– Proa Cervejaria Sour De Caju (Flavoured Wild & Sour Beer)
– Colorado Appia (Flavoured Honey & Maple)
– Campinas IPA Zero (No & Low Alcohol IPA)
– Ashby British Strong Ale (Bitter over 5.5%)
– Daoravida Virtù Vol2 (Brazilian Pale Ale)
– Artmalte Sour Com Morango (Catharina Sour)
– Wäls Brut (Speciality Beer) – (foto)
– Wäls Brut (Brut Beer)
Chama atenção, em especial, o reconhecimento para a Água do Monge Saison Chardonnay por ser um estilo consagrado na Bélgica; a Colorado Áppia, uma cerveja mainstream encontrada em todos os supermercados do país, e a premiação dupla para a Brut produzida pela Wäls (foto): melhor Speciality Beer e melhor Brut Beer dentre todas as participantes desse estilo. A relação completa das premiações está nesse link.
No ano passado, apenas cinco cervejas brasileiras haviam recebido medalhas de ouro no World Beer Award.
MUDANÇA DE RUMO?
A AB InBev está reduzindo a variedade de artesanais no seu portfólio norte-americano. E sem muito alarde, vendeu oito marcas. Entre elas Shock Top e Blue Point (foto).
Cinco anos atrás o segmento de artesanais chegou a representar 1/3 dos negócios da companhia nos Estados Unidos.
Não vá se surpreender se o movimento se repetir por aqui. Afinal, o investimento em vinhos e em uma infinidade de drinks em lata é gigantesco. E pode sinalizar uma atualização da estratégia da empresa.