Portal Making Of

Nossa Olimpíada de poucas vitórias

O colega Paulo Brito calculou em um texto da semana passada que 100 milhões de reais são destinados ao investimento em esporte, extraídos de verba das loteriais oficiais.
Ana Moser, ministra escolhida e depois demitida pelo atual governo, disse em programa na TV que o esporte é um penduricalho na estrutura governamental.
Em parte, as duas informações se contradizem e mostram porque o resultado nas Olimpíadas foi fraco. Tem dinheiro, que ninguém sabe exatamente para onde vai, porque não tem processo de formação de atletas.
Há poucos exemplos como a prefeitura de Guarulhos, que formou Rebeca Andrade. O sucesso dele propiciou a inscrição em dois dias de mais de 420 jovens interessados em ginástica.
Esperar bons resultados sem boa formação é quase um contrasenso. Salvo exceções, como vôlei que tem clubes e patrocinadores interessados, grande parte dos demais atletas lutam com dificuldades. E quando chegam ao evento dão graças a Deus apenas por melhorarem suas marcas, sem chance de medalhas.
E choram.
Três medalhas de ouro em duas semanas de provas é de uma pobreza abismal. A mídia, em especial a Globo, fez o possível para tornar medalhas de prata e bronze – 17 no total – como muito relevantes, quando se sabe que elas se originaram em uma ou duas derrotas.
Falando em Globo, ela foi também parcialmente derrotada mas Olimpíadas, pois teve que dividir audiência com o streaming da Cazé TV e de Felipe Neto. E segundo o especialista em mídia Ricardo Feltrin, perdeu cerca de 180 milhões na cobertura, cujos patrocínios chegaram a insuficientes 500 milhões de reais.
Hoje, Paris entrará para a historia como tendo as Olimpíadas nos mais bonitos cenários que se podia ter. E parte dos nossos atletas voltará ao ostracismo, com exceção daqueles que se encaixam no vôlei, surfe, futebol e skate.
E só serão lembrados de novo daqui a quatro anos, se tiverem a sorte de se classificarem para as Omlimpíadas de Los Angeles. Lá, provavelmente, muitos voltarão a chorar.

Os colunistas são responsáveis por seu conteúdo e o texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal Making of.

Compartilhe esses posts nas redes sociais:

Overdose eleitoral

Ainda faltam trinta dias para o primeiro turno das eleições de 2024 e nossos ouvidos já estão saturados de campanha eleitoral. Há um acúmulo de

O Twitter nosso de cada dia

O Twitter com certeza não é fundamental em nossas vidas, mas a falta dele deixa um vácuo para quem é assíduo nas redes sociais. E

Campanha eleitoral não empolga no início

Como sempre o interesse pela campanha eleitoral começa mínimo, os analistas atuam com a devida cautela porque faltam elementos de avaliação: sem uma pesquisa eleitoral

O telejornalismo faz de conta

Uma das profissões mais facilitadas neste momento do telejornalismo é a chefia de reportagem. Não em todas as redações, é verdade, pode ser que o

Comentaristas amadores

Até certa parte da cobertura da Olimpíadas, a presença de inúmeros comentaristas amadores, ex-atletas, foi um diferencial positivo para a Globo e os canais SporTV.

A não notícia está no ar

Que existe uma nova maneira de ler e apreciar o que é notícia, já estamos sabendo diante do gigantismo das redes sociais e dos vários

Nossa Olimpíada de poucas vitórias

O colega Paulo Brito calculou em um texto da semana passada que 100 milhões de reais são destinados ao investimento em esporte, extraídos de verba

Notas olímpicas

É irresistível – para quem tem tempo – ficar diante da TV e anotar os erros e equívocos do time de microfone. Até a coluna

Making of se renova aos 16 anos

Entregamos hoje aos leitores o novo design do Portal Making Of, quando chegamos aos 16 anos de atividades no formato “informação e opinião”. A ideia

O sucesso da Raquel incomoda

Raquel Krähenbül, 41 anos, é correspondente da Globo em Washington desde 2006 e ocupa posição de destaque entre os jornalistas que cobrem a Casa Branca.

Jornalistas ou influenciadores?

A desastrada experiência da Globo colocando influenciadores em vez de repórteres na transmissão do carnaval da Sapucaí não deve evitar mais experiências semelhantes. Ela, e

Boninho, o boçal

A tonelada de críticas sobre a cobertura dos desfiles na Sapucaí fariam qualquer responsável da Globo revisar a fórmula de usar influencers em vez de

O carnaval Globeleza caiu do pedestal

A Globo trocou jornalistas por influencers durante as transmissão das duas noite na Marquês de Sapucaí e se deu mal. Recebeu uma enxurrada de críticas

Carnavalescas

Já dizia o filósofo popular Nelson Ned, “na vida tudo passa, tudo passará.” E o carnaval não foge ao dito, ele vai passando diante de

Um nova crise na CNN

A CNN Brasil não consegue passar um bom tempo sem enfrentar uma crise de bastidores. A mais recente ocorreu no mês passado, o que resultou

MB TV é destaque no campeonato

Sem grande alarde de marketing, o grande destaque em mídia do catarinense 2024 é o canal MB TV – do site de jogos MagicBet777. É

A NSC liberou geral?

Aquelas normas e conceitos que balizam o Jornalismo, e adotadas pela Globo e demais afiliadas, parece que não valem mais na NSC. Liberou geral. Tudo

A picaretagem está no ar

A Netflix apresenta documentário em três capítulos contanto a história de jovens norte-americanos que criaram uma empresa fictícia de bitcoins chamada Centra Tech. Narrada por