Uma é italiana e a outra, francesa. Ambas acabam de fazer 89 anos e são as últimas grandes divas do cinema europeu [no banco de reserva, Cláudia Cardinale, italiana, 85].
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Sophia Loren ou Sofia Costanza Brígida Villani Scicolone, nascida em 20 de setembro de 1934, em Pozzuoli, começou a mudar a vida muito pobre dela e da família ao participar do concurso Miss Itália. Sua beleza acabou levando-a fazer cinema e, aos quinze anos, já aparecia em pequenos papéis. Em 1956, virou estrela da Paramount e ganhou fama internacional. Em 1962, mostrou que era mais que uma mulher bonita, era uma atriz de talento: recebeu o Oscar de Melhor Atriz e o prêmio de melhor intérprete no Festival de Cinema de Cannes pelo filme “Duas Mulheres”. Em 1964, Sophia receberia um milhão de dólares para atuar em “A queda do Império Romano”,sendo indicada mais uma vez ao Oscar no ano seguinte por “ Matrimônio à italiana”. Em 1966, a bela casou com o grande produtor italiano, Carlo Ponti, com quem teve dois filhos. Ele foi responsável pela “ lapidação” da estrela. Ficaram juntos até a morte dele em 2007.
Sophia nunca parou de atuar. Em 2021, lançou o delicado Momo e Rosa (disponível na Netflix) dirigido por seu filho Edoardo Ponti. Entre seus trabalhos mais importantes estão: “Nine” (2009); “Sábado, Domingo e Segunda” (1998) “O Homem de La Mancha” (1972), “Os girassóis da Rússia”(1970), “A condessa da Hong Kong” (1967) e “Duas Mulheres” (1960), disponível no canal Looke. O meu favorito Um dia muito especial (Uma giornata particolare), de Ettore Scolla, pode ser visto.
Uma dica: O que Sophia Loren faria? é um documentário curta-metragem, dirigido por Ross Kauffman, que homenageia a grande diva e o próprio cinema. O curta segue uma cinéfila ítalo-americana que sempre encontrou no cinema a força necessária para superar seus obstáculos. Quando os filhos começam a intrometer-se em seu estilo de vida, ela passa a decidir suas questões pessoais perguntando-se: o que Sophia Loren faria no meu lugar? Disponível na Netflix.
Em 1991, Sophia foi declarada “um dos tesouros do cinema” e assim recebeu um Oscar Honorário por sua contribuição à sétima arte. Há poucos dias, ela sofreu uma queda em casa , mas submeteu-se a uma cirurgia e passa bem. Nosso tesouro está são e salvo e ainda pretende voltar a filmar. Amém.
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Brigitte Bardot ou Brigitte Anne-Marie Bardot, conhecida também apenas como BB, nasceu em Paris, em 28 de setembro 1934. Seu pai, Louis Bardot, era um industrial da alta burguesia, tendo casado com a mãe de BB, Anne-Marie, em 1933. Além de Brigitte, tiveram a filha Mijanou Bardot, que também foi atriz no cinema francês.
Aos quinze anos de idade, incentivada pela mãe, Bardot iniciou a vida de modelo, estreando na importante revista Elle. Sua beleza chamou atenção de diversos profissionais, inclusive do cineasta Roger Vadim, que viria a tornar-se seu marido e diretor de vários de seus filmes. Um deles, E Deus criou a mulher , de 1956, transformou Brigitte em um dos maiores símbolos sexuais da história do cinema. O filme gerou muitas discussões, e acabou sendo proibido em alguns países, além de ter sido condenado pela Liga da Decência Católica. BB trabalhou também com o diretor cult, Jean-Luc Godard, em O desprezo (1963), mas o filme foi um fracasso na época.
A diva ficou casada com Roger Vadim durante cinco anos, com Jacques Charrier por três e mais três com Gunter Sachs. Foi com o namorado Bob Zagury que ela veio a Búzios e apaixonou-se pela beleza e calma do lugar. Depois de sua passagem, Búzios virou o lugar da moda e acabou-se o sossego.
Brigitte, diferentemente de sua colega italiana Sophia Loren, resolveu encerrar a carreira em 1973, quando tinha apenas 38 anos. Ela tinha feito cinquenta filmes e disse que não queria mais a frivolidade do meio artístico, nem ser perseguida por paparazzi. A partir daí, tornou-se reclusa e voltada à proteção dos animais, tendo uma Fundação com seu nome dedicada à causa animal.
Infelizmente, nem todas as ações da francesa são elogiáveis. Muito próxima da extrema direita francesa, Bardot já foi julgada por injúria racial e falas preconceituosas contra gays e imigrantes, sendo obrigada a pagar multas por racismo.
A estrela teve um único filho, Nicolas, que sempre ficou sob a guarda do pai, Jacques Charrier. Ela é casada desde 1992 com Bernard d’Ormale. Este julho deste ano, Brigitte foi hospitalizada por sérios problemas respiratórios, mas se restabeleceu e voltou ao ativismo.
Quanto ao interesse do produtor e diretor Kyle Newman em fazer um filme sobre sua vida, ela declarou-se contrária: “não acredito que exista uma atriz capaz de interpretar-me, pois ninguém tem a minha personalidade”, declarou BB, a primeira e única.
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Novidades nas plataformas
SÉRIES
Devils – 10 episódios – 2020 – Claro Vídeo
Um bom programa para quem gosta de dramas em ambientes corporativos [como a badalada série “Suit”, com Megan Markle]. Em “Devils”, uma coprodução entre Itália, França e Reino Unido, o grande nome é Patrick Dempsey ( Greys Anatomy). Ele interpreta Dominic Morgan , um poderoso banqueiro que manipula o mercado financeiro, levando instituições e países à falência. Seu antagonista é o italiano Massimo Ruggero, aparentemente seu protegido, vivido por Alessandro Borghi ( Suburra). Baseado no romance “Il Diavoli”, de Guido Maria Brera, a série usa cenas de pessoas reais que comandam a economia mundial, abordando inclusive a bolha imobiliária nos EUA e a crise na Grécia. Rodada em Roma e Londres, a produção é sofisticada e traz outros nomes importantes no elenco como o dinamarquês Lars Mikkelson.
Voltando a ler Mafalda – 04 episódios – 2023 – Star+
Amanhã (30/09) fará três anos da morte do argentino Quino, criador da adorável e contestadora Mafalda. A série documental é uma bela homenagem ao cartunista, mostrando a criação da personagem que conquistou o mundo. A produção usou em um farto material de arquivo e em entrevistas de fãs, celebridades, editores, amigos e familiares de Quino. Mafalda foi criada em 1962, como personagem de um comercial de eletrodomésticos, e acabou se tornando um símbolo da resistência na Argentina durante a ditadura militar.
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FILMES
A incrível história de Henry Sugar – direção: Wes Anderson – 2023 Netflix
Este não é um curta-metragem qualquer. É uma adaptação de um conto do autor britânico Roald Dahl – mais conhecido por A Fantástica Fábrica de Chocolate – dirigida pelo cult Wes Anderson, com um elenco de peso. Benedict Cumberbatch é Henry Sugar, um homem rico que acaba ganhando a habilidade de enxergar através de objetos e prever acontecimentos do futuro graças a um livro que roubou. Com os novos talentos, o homem bola um grande plano para trapacear em jogos de apostas. Ao lado de Cumberbatch estão Ralph Fiennes, Ben Kingsley e Dev Patel.
Cassandro – direção: Roger Ross Williams – 2023 – Prime Vídeo
Esse drama biográfico divide opiniões, mas traz Gael García Bernal no papel de um peculiar personagem real, o lutador amador gay, Saúl Amendáriz , mais conhecido como Cassandro, o Libertador da Luta Livre. Quando entrou para o mundo da luta livre na década de 80, Saúl não queria ser conhecido por competir como um lutador drag, mas sua treinadora e melhor amiga o convence a superar diversos desafios e a criar nos ringues o personagem Cassandro, abertamente gay. O diretor é ganhador do Oscar pelo documentário “ Life”. A conferir.
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Destaques na tela grande
Há bons filmes em cartaz nas salas de exibição, em Florianópolis.
No Cine Paradigma, SC-401, e no Cine Multi, Open Shopping, continua em cartaz o curta-metragem de Pedro Almodóvar, Estranha forma de vida e o documentário Elis & Tom – Só tinha que ser com você.
Para os amantes da ópera, o Paradigma programou também Madame Butterfly, de Giácomo Puccini.
Para o público infantil, o Cine Multi tem a animação Os Peludos – Guardiões do Lar . Sinopse: Fred é um jovem peludo, que não parece se importar com sua responsabilidade de fazer de sua casa um lar. Tudo muda quando uma nova família chega em sua casa e os truques de Fred não funcionam.
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Fotos: Divulgação/Reprodução
THE END
