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Preço dos combustíveis colocam crescimento da economia em xeque

Foto: Pixabay

A Petrobras anunciou a elevação dos preços para as distribuidoras depois de dois meses sem reajustes. O barril de petróleo no mercado internacional ultrapassou a marca de US$ 130 (R$ 656, na cotação de hoje) nos últimos dias, com o conflito entre a Rússia e a Ucrânia. Quando a companhia anunciou o último aumento, em 11 de janeiro, o produto era cotado a cerca de US$ 83 (R$ 419).

O preço internacional do barril do petróleo disparou com a Guerra entre a Rússia e a Ucrânia fazendo o preço dos combustíveis disparar por aqui. O aumento anunciado pela Petrobrás é de 18% para gasolina, 25% para o diesel e 16% para o gás de cozinha, que caiu como uma bomba na economia brasileira. O pouco dinheiro que sobra no bolso do brasileiro vai ser canalizado para a Petrobras que segue com uma política de preços desencontrada da situação atual do país e do mundo.

As regras do mercado são claras, o Petróleo é uma commodity e como tal segue as leis de oferta e demanda e, consequente, o preço do produto no mercado internacional. A política de preços da Petrobras está atrelada ao preço do produto no mercado internacional. Se o real desvaloriza frente ao dólar o preço dos combustíveis sobe. Se o preço do barril de petróleo aumentar no mercado internacional o preço dos combustíveis por aqui sobe. Se tem guerra e essa guerra afeta a produção de petróleo, o preço dos combustíveis sobem.

Quando a política de preços o lucro da maior petrolífera do país com capital majoritariamente público (o governo federal tem o controle por meio de 50,5% das ações ordinárias, que são as ações com direito a voto) passa como um trator colocando em xeque a economia do país e a faz afundar em mais um ano com o crescimento pífio ou de recessão técnica, sim há alguma coisa muita errada nisso. Uma questão de segurança da economia e que também deveria estar previsto em lei, pois nesse momento a economia “não vai bem obrigada”. Para os momentos de bons ventos que as leis do mercado prevaleçam, mas quando os bons ventos sopram apenas para a Petrobras em detrimento de toda a cadeia produtiva e de consumo, deveria sim ocorrer um ajuste das velas para preservar a retomada do crescimento econômico e não o aprofundamento da crise.

A estratégia do atual Presidente da República, Jair Bolsonaro, foi empurrar o problema dos aumentos consecutivos dos combustíveis com a barriga, problema esse que foi usado inclusive para enganar a população com a falsa desculpa de que os Governadores e o ICMS eram os vilões dessa história. Não obstante, essa narrativa foi usada para atingir João Dória, Governador de São Paulo, inimigo político de Bolsonaro por ser um concorrente potencial nas eleições presidenciais de outubro. Sim o Presidente está em campanha para a reeleição desde que assumiu o cargo e todo cidadão que se coloca como concorrente em potencial vai se tornar inimigo do Presidente – de Ministro escolhido a dedo aos que desembarcaram do barco durante as tempestades causadas pelo próprio Presidente, mais apegado ao negacionismo, as redes sociais e as guerras imaginárias do que aos problemas reais do Brasil. Agora o problema do preço dos combustíveis e da política de preços da Petrobras bate na porta do Palácio do Planalto, não mais com uma assombração, mas como um gigante desenfreado que vai tomar a golpes inflacionários a economia do país.

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