Nessa quarta-feira, 25, deve-se chegar a um consenso para a escolha do próximo presidente da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, como desejava o governador Jorginho Mello (PL).
O fato mais importante é que o PL deve mesmo esquecer a candidatura do deputado José Milton Scheffer, do PP, e fechar o acordo de uma única candidatura, que será a do deputado Mauro de Nadal, do MDB.
O governador Jorginho Mello tinha designado o deputado estadual Ivan Naatz (PL) para que ele tocasse essa costura política dentro da Alesc, visando a presidência da casa e principalmente a maioria no parlamento para garantir a governabilidade.
Naatz e os demais deputados do PL trocaram os pés pelas mãos como, por exemplo, fazendo o anúncio de já ter a maioria dos votos para eleger Zé Milton como presidente, o que absolutamente não era verdade.
Outro ponto que causou a reação do MDB foi quando o PL anunciou publicamente o apoio ao deputado do PP, na tentativa de isolar os emedebistas, e de quebra colocando a deputada Ana Campagnolo como vice da mesa.
A partir daí Júlio Garcia entra em cena e consegue unir em prol de Mauro de Nadal 27 votos, garantindo a sua vitória em caso de uma disputa. O governador até tentou desmanchar esse bloco ofertando vagas no seu governo, mas tanto o MDB quando Júlio não abriram mão de dar a presidência da Assembleia para Nadal.
Então o governador e os 11 deputados do Partido Liberal não terão outra saúda senão chancelar Mauro de Nadal como presidente, mas em troca receberão a vice-presidência, que deve ser ocupada por Ana Campagnolo.
A FORÇA DE JÚLIO GARCIA
Júlio Garcia pode até acabar com uma cadeira na Mesa Diretora, mas na verdade ele quer uma das comissões importantes para poder ter o controle dos projetos que tramitarão na Assembleia.
Muito provavelmente ele está de olho na Comissão de Constituição e Justiça, que diz se o projeto é ou não constitucional, e também na Comissão de Finanças e Tributação, que analisa os projetos de acordo com as despesas e receitas do executivo.
Enfim, esse é um assunto que vinha desgastando o Governo do Estado, pois Jorginho não queria iniciar o mandato tendo uma disputa entre duas alas na Alesc, sendo que ele estaria no lado perdedor.
Na terça-feira, 24, Jorginho disse na entrevista que deu para a rádio Som Maior, de Criciúma, que quer manter uma boa relação com os deputados e que inclusive já ofereceu cargos no seu governo para o MDB, para o PP e também para o PSD de Júlio Garcia.
Se as especulações se confirmarem, o MDB ficará com a Secretaria de Infraestrutura, o PP com a Secretaria de Indústria e Comércio e o PSD seria agraciado com a Secretaria de Turismo, Cultura e Esporte.