Portal Making Of

Institutos de pesquisa eleitoral não reconhecem erros

A ressaca eleitoral para os que ganharam e os que perderam ainda não passou, em alguns casos provocando enxaqueca em quem levou rasteira nas urnas, e uma tese monopoliza o País: porque os institutos de pesquisa erraram tanto. Considerando alguns resultados, inclusive em Santa Catarina, eles são os grandes derrotados.

Em entrevista, a diretora do Datafolha, Luciana Chong, disse que aconteceu  uma definição dos eleitores depois que o último levantamento foi divulgado. “Pesquisa é diagnóstico, não tem capacidade de prever resultado”, afirmou ela.

Já a diretora do Ipec, Márcia Cavallari, ouvida pelo JN, disse: ”A última pesquisa mostrava que Lula poderia ganhar a eleição e de fato ele ficou 1,6% de ganhar no primeiro turno. O presidente Bolsonaro, por sua vez, teve 6 pontos a mais dos indecisos. Talvez os eleitores tomaram uma decisão estratégica de antecipar um possível voto no segundo turno para impedir que a eleição acabasse no primeiro”.

Fica claro que houve erro, mas que os institutos não assumiram que foram seus. Logo, podem vir a errar de novo. Tanto o Ipec quanto o Datafolha não captaram a tendência de mudança. Os equívocos podem estar nos seus métodos de levantamento, o que deveria ser avaliado por especialistas de fora do processo. Há diferenças entre as amostragens: Ipec e Datafolha colhem as intenções de voto presencialmente, os demais institutos por telefone ou via internet. Esses últimos acertaram mais.

 

Mudança

A mídia teve parcela de responsabilidade na enorme dimensão dada às pesquisas. Houve vários programas organizados só para debater os números, que eram ansiosamente aguardados. E chamados. Anúncios diários marcavam o horário de divulgação, quando anteriormente era algo discreto, não chamado, um acréscimo à cobertura e não seu maior destaque.

 

TSE

Se as empresas de pesquisas se deram mal, o mesmo não aconteceu com a apuração eletrônica do Tribunal Superior Eleitoral. Nada pode ser questionado dos resultados oficiais, entregues a população poucas horas depois da votação.

A pressão que o TSE recebeu durante vários meses não fez o menor sentido.

 

Ainda Moisés

Um acréscimo à análise da derrota analisada ontem (aqui):

Carlos Moisés e Gean Loureiro, nas últimas semanas, canalizaram críticas um ao outro, acabando por se anularem, permitindo o crescimento de Décio Lima por fora.

 

Falsa expectativa

A vontade de ver os times catarinenses irem à frente em suas competições nacionais tem levado colunistas – não todos – a criarem falsas expectativas para o torcedor da capital. Era, e ainda é, visível que o Avaí, formado por um número grande de jogadores veteranos, e o Figueirense, integrado por desconhecidos e sem referências, não iriam muito longe.

Por isso, está na hora do exercício pleno da crítica esportiva e exigir que dirigentes façam investimentos seguros e trabalhem melhor as equipes de base.

O futuro poderá ser melhor assim e não o muro de lamentações que vivemos agora.

 

Pode isso?

Apresentadora de programa de TV vendendo curso para investimento no on-line, pode? Parece que sim.  Veja:

 

Regra

Ainda não anularam a regra de que o repórter deve se vestir de modo a não tirar a atenção para a notícia. Giovana Telles, da Globo, esqueceu esse fundamento no Jornal Hoje do dia primeiro, quando exagerou nos penduricalhos.

Reprodução

 

Debate

As empresas de comunicação deveria negociar com o Tribunal Superior Eleitoral uma regra que impeça que figuras estranhas se metam em debates eleitorais, tipo o fake Padre Kelmon.

 

Jornada

As jornadas esportivas do Grupo Veg Esportes são feitas por bons profissionais apenas no canal do Youtube; a Jovem Pan News tem um belo canal de divulgação, mas a equipe esportiva deixa a desejar. Logo, qualquer executivo de visão uniria os dois times.

Os colunistas são responsáveis por seu conteúdo e o texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal Making of.

Compartilhe esses posts nas redes sociais:

Um narrador competente, por favor

O campeonato brasileiro de futebol vai chegando ao fim com muitos mais acertos do que erros, comprovando que a fórmula de pontos corridos pode ser

A profissão mais perigosa do mundo

Protegido com colete a prova de balas e capacete, o repórter Nic Robertson, da CNN, terminava a visita ao interior do hospital Al-Shifa, em Gaza,

A magia do natal já chegou

Não é só pela decoração de Natal, que os shoppings já têm 45 dias antes de 25 de dezembro, nem pelas notícias vindas da América

Protesto beatlemaníaco

Talvez fosse o caso de enviar uma correspondência para o palácio de Buckingham, direto ao rei Charles, ou talvez mais fácil para Downing Street 10,

Notícias que não alegram

A gente quer ser otimista, mas há muitas conspirações contra. Se ligar no noticiário da TV, então, fica muito complicado. Surge a cobertura da guerra

O jornalista e o sorvete

É uma situação inusitada, que causa repercussão negativa na rede social: por que um jornalista em ascensão profissional elogia uma “sorveteria que reabre de cara

Horror ao vivo

Se ainda precisasse de uma justificativa para acompanharmos os canais internacionais de notícias teríamos várias nesse momento. A guerra Israel/Hamas está sendo mostrada ao vivo

Um nova crise na CNN

A CNN Brasil não consegue passar um bom tempo sem enfrentar uma crise de bastidores. A mais recente ocorreu no mês passado, o que resultou

MB TV é destaque no campeonato

Sem grande alarde de marketing, o grande destaque em mídia do catarinense 2024 é o canal MB TV – do site de jogos MagicBet777. É

A NSC liberou geral?

Aquelas normas e conceitos que balizam o Jornalismo, e adotadas pela Globo e demais afiliadas, parece que não valem mais na NSC. Liberou geral. Tudo

A picaretagem está no ar

A Netflix apresenta documentário em três capítulos contanto a história de jovens norte-americanos que criaram uma empresa fictícia de bitcoins chamada Centra Tech. Narrada por

Uma primeira semana da pesada!

O noticiário regional da primeira semana do ano novo foi dominado pela nomeação do filho do governador, Filipe Melo, para secretário do estado da Casa

Floripa, um réveillon para esquecer

A capital catarinense jogou por terra na noite passada a imagem que construiu durante anos como uma das festas de réveillons mais bonitas do Brasil.

Em 2024, mais e menos

Em geral são muito estranhas as previsões para um ano que começa, porque dificilmente alguém vai verificar o que deu certo lá no final. Mas,

Para onde vai o Jornalismo

Se o Jornalismo fosse um ente, dotado de inteligência e capaz de se autoavaliar, chegaria a este final de ano tentado a fazer perguntas: o

Salve, Milei!

A posse de Javier Milei na Argentina salvou da mesmice as tvs a cabo que produzem notícias no Brasil: todas dedicaram generosos espaços aos eventos