1 – Os favoritos da imprensa
Nas resenhas das rádios, no inicio do campeonato estadual, os entendidos apostaram em Criciúma, Avaí, Chapecoense e Brusque; sobre o Figueirense discutiam a formação do time para disputar a Série C. Eles não acreditavam no time para conquistar o título.
Como é que eles sabem, se o “Futebol é uma caixinha de surpresas?”
Colocaram os bois na frente do carro.
Hoje, Marcílio Dias e Figueirense então classificados e para os favoritos da crônica: só o Criciúma poderia chegar. E pode facilitar, eliminando a Chapecoense, evitando o risco de uma viagem a Chapecó.
2 – O que fazer com a bola?
Perguntaram ao Burse, treinador do Figueirense, que respondeu ter treinado o time para defender com três zagueiros. Treinou para defender, e daí?
E agora, explique o que os jogadores fazem com a bola?
Chutam para longe? Devolvem para o adversário? Desistem de atacar?
Afinal, o que os jogadores fazem com a bola depois de defenderem?
Em Chapecó, a cada três segundos, ela voltava. Sorte que, em Chapecó, o Barreta não deixou passar, como deixou em Itajaí. Esse negocio de treinar para defender com três zagueiros, é como se esconder debaixo da cama.
Como dizia o Miguel Livramento: “Covarde não namora mulher bonita!”
3 – Três atrás
Perguntei ao Cruyff, craque como treinador, melhor do que como jogador.
Três zagueiros?
Ele respondeu: “Três defensores: um zagueiro e dois laterais. Eles só atacam com dois, para que quatro defendendo?”
Treinador no Brasil não sabe matemática.
4 – Miltinho goleiro
E candidato a treinador. Sou do tempo em que atacante não voltava para marcar. Respondeu-me: “Isso acabou”.
Não acabou, atacante não tem que marcar adversário no campo de defesa e ficar longe do gol. Quando na Europa disseram que tinham que marcar, era a saída de bola. Isso o Mourinho explica.
5 – Mourinho, Cristiano e Real Madrid
Durante três temporadas entre 2010 e 2013, Mourinho foi treinador do Real e de Cristiano. “Creio que não o podes treinar, creio que não podes lhe ensinar algo. Mas podia fazê-lo ficar feliz. Ele sempre jogou de ponteiro na direita, perseguindo os laterais. Em Madrid se converteu mais em um goleador”.
“Jogando no Madrid vinha desde a esquerda para dentro e sem a responsabilidade de perseguir aos laterais. Teve uma função híbrida porque a vezes jogava na esquerda ou no meio, para abrir a cancha, mas não tinha que seguir aos laterais rivais, porque o protegíamos com Xabi Alonso e Sami Khedira, os meias eram quem acompanhavam os laterais”.
6 – Punição
Tinha que ocorrer uma punição depois do ataque terrorista a delegação do Fortaleza em Recife. Os clubes devem ser responsabilizados pelos atos das torcidas, que eles financiam e estimulam. Se por acaso descobrirem que algum diretor ou conselheiro deu dinheiro para esses grupos de terroristas, que prejudicam a imagem do futebol, devem ser banidos.
7 – Plano de recuperação
Na verdade é adiar o pagamento das dívidas dos clubes de futebol. Aprendi, que dívida não se paga, divide-se. Mas mesmo negociando eles continuam não pagando e a aumentando as dividas. No dia de anunciar o acordo, vem um diretor de futebol de uma “Terra Sem Dono” e anuncia a contratação de um jogador.
8 – O exibido
É aquele que quer parecer moderno, que passa a usar palavras novas, tentando dar sentido ao que se sabe, querendo demonstrar conhecimento quando deveria usar as palavras velhas, curtas e conhecidas para se fazer entender. Eu prefiro palavras velhas do que usar: linhas, terços e “escambau”. Sou do tempo de drible, passes, defesa, muro, retranca do que essas bobagens copiadas dos europeus.
9 – Domingo de clássicos
O Fla x Flu foi um jogo fraco e o time de Fernando Diniz, o queridinho dos entendidos, perdeu de 2 a 0 para grupo comandado pelo ex-treinador da seleção brasileira, Tite.
Foto: Ricardo Duarte/Sport Club InternacionalJá o Gre-Nal terminou 3 a 2 para o Colorado, com gol de pênalti no ultimo minuto.
Não teve gols de Escurinho de cabeça, nem briga entre Gainetti e Alcindo.
O Gre-Nal já foi melhor.
10 – Gramado
Saudades do “Pasto do Bode”, pelo menos se jogava lá. Tinha futebol todos os domingos. Já descobrirem que o problema não era a grama, mas sim o piso, a base como em todo mangue. Teriam resolvido se perguntassem por que se plantavam eucaliptos junto ao muro e aos paus das bandeiras, no velho e acanhado Estádio Adolfo Konder.
11 – Mentira
Ainda quero saber como é que alguém a 70 metros de distancia, no alto das sociais, pode ver e julgar esse lance, que a auxiliar a um metro e meio não viu falta e sim simulação. Os caras lá em cima devem ter aquela visão do Super Homem, filme do Clark Kent que a gente assistia no cine São José.
FIM