Blumenau recebe esta semana um dos maiores festivais cervejeiros do país. A 15ª edição do Festival Brasileiro da Cerveja começa na quarta-feira, dia 04 e vai até o sábado, 07 de maio. São 80 opções de chopp, além de lanches e comidas de boteco, e mais18 bandas de rock, pop, reggae, blues e MPB. Os ingressos podem ser adquiridos neste link.
“O Festival Brasileiro da Cerveja é um dos principais fomentadores da cultura cervejeira do nosso país“, destaca o presidente da Ablutec, Develon da Rocha, que organiza o evento.
Paralelo ao festival ocorre a Feira Brasileira da Cerveja, que deve apresentar novidades em equipamentos para produção, insumos e embalagens.
Alguns dos rótulos que vão ser consumidos no Festival foram avaliados e premiados no Concurso Nacional da Cerveja (foto), que ocorreu em março – pela primeira vez, descolado do Festival.
Entre as três melhores cervejas do Brasil duas catarinenses: A CraftLab Grodziskie, da Cerveja Blumenau, levou medalha de ouro. O estilo é popular na Polônia e produzido há mais de 700 anos. A medalha de prata do Concurso foi a Catharina Sour de Caju e Pitanga da Cervejaria Unika, de Rancho Queimado.
O evento reuniu 3.635 amostras inscritas de 537 cervejarias de 21 estados do país, o maior número em dez edições. Os rótulos foram avaliados por 106 especialistas de 21 países, escolhidos por sua experiência e conhecimento da bebida.
VINHO = CERVEJA
A Revista Exame analisou tendências de consumo, juntou com dados macroeconômicos que resultaram em seis tendências para o mercado de vinhos em 2022. Algumas das possibilidades já apontavam no horizonte há algum tempo como a coluna antecipou (bebidas prontas, menor álcool, valorização do produtor local…), mas parece que vão ganhar força neste ano.
Um dos pontos da pesquisa é novo e chama atenção porque provoca uma disrupção na maneira de acondicionar e servir vinho. São iniciativas como o projeto Tão longe, tão perto que serve vinhos em torneiras e em garrafas pet/growler (foto), tal qual é feito com o chopp. A distribuição é feita por aplicativo na Grande São Paulo, em restaurantes e através de parceiros como a Sonoma Brasil.
O modelo valoriza produtores locais, desmistifica a ideia de que vinho bom é vinho importado, e ainda consolida a imagem de que beber vinho não precisa ser algo formal ou aristocrático.
O MELHOR TINTO
Santa Catarina e o Rio Grande do Sul são os principais produtores de vinho do país. Mas o melhor vinho tinto brasileiro não é gaúcho, nem catarinense. Segundo o Guia Descorchados 2022, é mineiro, e da região da Serra da Canastra.
O Sabina 2021 (foto) é produzido pela Sacramentose passa por uma logística incrível entre os parreraise a garrafa. A colheita é feita no inverno, ao contrário da vindima tradicional que ocorre no verão da região Sul. Depois disso as frutas enfrentam quase 1.600 kms em caminhão refrigerado, para chegar a Caxias do Sul. A vinificação é feita com dois terços dos cachos ainda inteiros e o vinho não passa por barrica de madeira.
As notas de avaliação descrevem um vinho que“apresenta uma fruta limpa e de qualidade, seguida de notas de especiarias, defumado, de ervas e florais. Fresco e cheio de vivacidade, tem acidez penetrante, taninos firmes e de ótima textura e final persistente e refinado“.
A relação dos demais vinhos brasileiros, argentinos, uruguaios e chilenos (entre outros países) está disponível no link.
CUSTO/BENEFÍCIO
E quem acha que um bom vinho precisa ser caro, precisa rever seus conceitos. O renomado crítico norte-americano James Suckling, além de avaliar os melhores de cada casta/safra/país, também procura indicar a melhor relação custo/benefício.
O El Enemigo Semillon 2019 apareceu em 5º lugar na lista. O Clos de los Siete, safra 2018, ficou na 27ª posição (foto) e o Kaiken Malbec Aventura 2019 na 44ª colocação. O Top 100 Value Wines of 2021, avalia vinhos de até 35 dólares (algo em torno de (R$ 170). No link acima, além dos vinhos mais bem avaliados, é possível ver a nota atribuída a cada amostra, assim como as notas sensoriais atribuídas durante a avaliação.
O mesmo James Suckling relacionou recentemente os melhores Cabernet Sauvignon chilenos, com preços abaixo de US$ 25 (aproximadamente R$ 123). Na lista nomes conhecidos como Concha y Toro, De Martino e Santa Carolina. Mais detalhes no link.